Preços variam até 200% em supermercados da Capital, aponta Procon
Levantamento aponta que regionais I, V e III, que concentram bairros mais periféricos, concentram opções mais caras
Os supermercados das regionais I, V e III, que incluem bairros como Pirambu, Barra do Ceará, Antônio Bezerra, Genibaú e Bom Jardim, entre outros, concentraram neste mês os preços mais altos de alimentos e outros produtos pesquisados pelo Procon Fortaleza em estabelecimentos da Capital.
O Procon acompanha, mensalmente, a evolução de preços de 60 produtos e alimentos mais procurados pelos consumidores em dez supermercados de Fortaleza. Considerando as três regionais, a soma dos preços dos produtos pesquisados em cada uma custa R$ 529,39, R$ 517,13 e R$ 477,50, respectivamente. Os preços mais baixos se concentraram nas regionais II (R$ 437,68) e IV (R$ 402,55)
A pesquisa, que foi realizada nos dias 8 e 9 de junho, mostra que a laranja é o item que mais varia de preços, indo de R$ 1,74, no estabelecimento mais barato a R$ 5,19 no local mais caro, ou seja, uma diferença de 198,27%.
Outro produto que apresentou diferença de preços acima de 160% foi a cenoura, que custa R$ 2,49 em um estabelecimento e R$ R$ 7,19 em outros, um aumento de 188,75%.
O mesmo ocorre com o tomate, que pode ser encontrado por R$ 2,99 a até R$ 8,49 (+183,94%) o quilo. Já o molho de tomate é comercializado de R$ 1,19 a R$ 3,29 (+176,47%0, enquanto a banana pode ser encontrada de R$ 2,29 até R$ 5,99 (+161,57%).
Estabilidade
A pesquisa é realizada de forma presencial pelos técnicos do Procon. Por conta da pandemia e às medidas de isolamento social, não houve coleta de preços no mês de maio. Assim, a pesquisa de junho foi comparada à de abril. O conjunto dos 60 itens, em junho, que somaram R$ 477,00, aumentou 0,09% frente aos preços de abril, quando totalizaram R$ 476,56.
Cláudia Santos, diretora do Procon Fortaleza, orienta que os consumidores cobrem do estabelecimento os preços anunciados em encartes e ofertas e, havendo "divergência entre os preços, o consumidor paga sempre o menor valor", ressalta. Santos explica que a falta de centavos não justifica oferecer ao consumidor outras formas de troco como doces e bombons. "Nestes casos, o valor do produto deve ser reduzido para baixo até possibilitar o troco correto para o consumidor".
Denúncias e reclamações podem ser realizadas pela Central de Atendimento ao Consumidor, pelo número 151, bem como no portal da Prefeitura de Fortaleza (www.fortaleza.ce.gov.br), no campo "defesa do consumidor". Também é possível realizar denúncias pelo aplicativo Procon Fortaleza. A pesquisa completa pode ser acessada aqui.