PIB do Ceará sobe 6,67% puxado pela indústria e agro e é maior do que resultado do Brasil

Setores de produção e transformação de matérias-primas continuam em evidência no Estado

(Atualizado às 15:34)
Produção de algodão no Ceará
Legenda: Setor agropecuário continua dando saltos positivos na economia cearense
Foto: Nilton Alves/Agência Diário

O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará continua em alta em 2024. No 3º trimestre deste ano, a soma de todas as riquezas produzidas no Estado saltou 6,67% na comparação com o mesmo período de 2023, puxado principalmente pelos bons índices na agropecuária e na indústria.

Os resultados foram divulgados na tarde desta segunda-feira (16) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado.

Assim como no 2º trimestre deste ano, quando o PIB do Ceará subiu 7,2% no comparativo com o mesmo período de 2023, o indicador voltou a apresentar bons resultados entre julho e setembro de 2024, voltando a figurar na frente do PIB do Brasil. No 3º trimestre de 2024, a soma de todas as riquezas produzidas no País apresentou resultado positivo de 4% no comparativo com igual período de 2023. 

Além de ser maior do que o PIB nacional, o crescimento econômico do Ceará, mais uma vez, voltou a superar as altas na Bahia e em Pernambuco. Juntos, os três estados formam o trio das três maiores economias nordestinas. No território pernambucano, a elevação foi de 4,9%, enquanto no baiano foi de + 3,6%.

Esse crescimento de 6,67% no 3º trimestre deste ano também representa uma alta no PIB na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Segundo o Ipece, a soma das riquezas produzidas no Ceará entre julho e setembro apresentou uma elevação de 0,42% no comparativo com os três meses anteriores.

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Agropecuária e indústria voltam a mostrar força

Ao longo de 2024, agropecuária e indústria, dois dos três setores produtivos considerados para o cálculo do PIB, cresceram com força. Pelo segundo trimestre consecutivo, a maior alta veio do campo, seguido do segmento fabril.

Na comparação entre os terceiros trimestres de 2023 e 2024, a agropecuária teve alta de 18,56%, demonstrando um desenvolvimento consistente do setor nos últimos meses. Entre abril e junho deste ano, o crescimento foi de mais de 32%

O resultado cearense ainda ganha contornos ainda mais importantes quando é comparado com a agropecuária do Brasil. O segmento foi o único a apresentar queda dos três pesquisados, com retração de 0,8%.

Já a indústria, que acumula ganhos consistentes em 2024, foi novamente destaque no resultado trimestral cearense. No período entre julho e setembro deste ano, a alta no setor foi de 12,48% na comparação com os mesmos meses de 2023, mais do que o triplo do que o PIB da indústria brasileira no mesmo período, que teve elevação de 3,6%.

foto de indústria de envases
Legenda: Indústria do Ceará tem o segundo melhor resultado de 2024
Foto: Fabiane de Paula

Mantendo o crescimento constante, porém abaixo dos outros dois setores produtivos, o segmento de comércio e serviços também teve alta no Ceará. No terceiro trimestre de 2024, a alta foi de 4,2%, levemente acima do patamar nacional, que teve crescimento de 4,1%. 

Ceará deve ter crescimento de 5,57% em 2024, projeta Ipece

O instituto revisou ainda os resultados do PIB deste ano para o Estado. Assim como divulgado na última sexta-feira (13) pelo governador Elmano de Freitas (PT) durante almoço com representantes dos setores produtivos cearenses, a tendência é de que o crescimento da economia do Ceará seja de 5,57% na comparação com 2023.

A previsão inicial do Ipece, em dezembro do ano passado, era de que o Ceará cresceria 1,91%. A atual revisão representa quase o triplo, em pontos percentuais, de alta no PIB cearense.

Entre janeiro e setembro deste ano, o PIB do Estado cresceu 6,44%, praticamente o dobro na comparação com a alta no PIB do País, que foi de 3,3%. No caso do território nacional, a expectativa é de fechar o ano com crescimento próximo dos 3,4%, conforme o Ipece com base nos dados do Banco Central do Brasil.

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