Modernização das operações deve ser prioridade

Os investimentos em aplicativos precisam estar alinhados à melhoria dos processos internos dos bancos

Escrito por Redação ,
Legenda: O executivo da Stefanini, Breno Barros, também ressalta as vantagens da automação para o consumidor

Para que a digitalização dos bancos cumpra seu principal papel, deixando as agências nas mãos dos clientes, as empresas não podem esquecer de continuar investindo em uma área essencial para a modernização do setor nos últimos 50 anos: a automação bancária. Responsável por impulsionar o desenvolvimento tecnológico das instituições financeiras no Brasil, a partir da década de 1970, mecanizando e agilizando processos manuais, a automação trouxe melhorias significativas em eficiência operacional.

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Hoje, só conseguimos realizar diferentes transações - do saque de dinheiro ao pagamento de contas pela leitura do código de barras nos caixas eletrônicos - graças a avanços tecnológicos ligados à automação. "Os bancos só conseguiram chegar ao atual patamar de desenvolvimento por conta disso. A digitalização não é só a experiência que as empresas oferecem aos clientes, mas é também eficiência operacional", diz o diretor de Inovação e Digital da Stefanini, Breno Barros.

Processos

Para justificar que, na era da digitalização bancária, os investimentos em ferramentas como aplicativos precisam estar alinhados aos de automação, Barros cita o exemplo do Banco Original. O executivo lembra que, ao possibilitar a abertura de contas online, o banco passou a ter muitos processos internos feitos, praticamente, de forma manual. "Eram muitas pessoas analisando documentos, verificando se o CPF dos clientes não tinha restrições, por exemplo. Com os processos automatizados, o Banco Original conseguiu diminuir sua tarifa, que hoje é R$ 9,90 por mês. A média dos outros bancos é de R$ 30", compara.

Investimentos

Conforme a última pesquisa de tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor investiu cerca de R$ 19 bilhões em tecnologia da informação (TI) em 2015, mesmo diante do momento econômico que o País enfrentava naquele ano. Em 2014, foram aplicados R$ 21 bilhões.

Ranking

Entre as dez maiores economias do mundo, o País está na sétima posição em gastos absolutos com TI no setor bancário, ante à proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

O Brasil também figura em primeiro lugar entre os BRICs (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China) na mesma comparação. Do total de investimentos e despesas com tecnologia em 2015, 44% foram destinados a softwares, 35% a hardwares e 20% a telecomunicações. (RS)

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