Leilão do terminal de granéis do Porto do Mucuripe deve ser adiado para agosto
Apesar do atraso, vencedor deve assumir administração do equipamento até o fim do ano
O leilão do terminal de granéis do Porto do Mucuripe, marcado inicialmente para 30 de julho, deve ser realizado até a metade de agosto, prevê a diretora-presidente da Companhia Docas do Ceará, Mayhara Chaves.
A expectativa é que o vencedor da disputa assuma a administração do equipamento até o fim do ano. O adiamento será necessário por questões internas da B3, bolsa de valores brasileira e realizadora do leilão, segundo a diretora.
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"A gente tem uma expectativa muito boa, principalmente porque o Porto de Fortaleza é o maior movimentador de trigo do País, com quase 18% do total. Ultrapassamos o Porto de Santos em 2020 com 1,2 milhão de toneladas", ressalta Chaves.
A diretora-presidente revela que algumas empresas, todas nacionais, chegaram a visitar o terminal para conhecer o equipamento.
"A gente não negocia direto com as empresas, mas algumas vieram conhecer. No entanto, não temos acesso a informações de quem entra pro leilão nem as propostas"
Ela lembra que o vencedor deverá fazer investimentos da ordem de R$ 57 milhões ao longo dos 35 anos da concessão, o que deve gerar cerca de 1 mil empregos diretos e indiretos.
Terminal Pesqueiro de Camocim
Outro equipamento da Companhia que está em processo de arrendamento é o Terminal Pesqueiro de Camocim, cujo edital está em fase final de elaboração e deve ter publicação também em agosto.
"No caso de Camocim é um processo mais simples por não ser operacional. Após a publicação do edital, em cerca de 30 dias devemos realizar o leilão", detalha Chaves.
Formuladora de combustíveis
Um terceiro trâmite de concessão prevê o leilão de uma área do porto para a instalação de uma formuladora de combustíveis. A diretora-presidente da Companhia Docas informa que, no momento, o processo passa por avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). Por ser mais complexo, a previsão é que o leilão ocorra em meados de dezembro.
Já o leilão do Terminal Marítimo de Passageiros foi suspenso por conta da pandemia e só deve ser retomado após a volta da movimentação de cruzeiros e turistas.
"Nós estamos arrendando as áreas que estavam ociosas, gerando despesas e sem dar retorno para a Companhia. O Terminal de Camocim, por exemplo, estava parado. O MUC 59 (terminal em que deve ser instalada a formuladora de combustíveis) hoje só passa um trilho de trem"
Ela ainda revela a intenção de arrendar outras áreas do porto com o objetivo de reduzir custos e receber mais investimento privado, melhorando a infraestrutura.