Leilão de compra de arroz importado para baratear item após enchentes no RS será em 6 de junho
Finalizados os trâmites do leilão, a previsão é de que o cereal seja entregue até o 8 de setembro no País
O primeiro leilão para compra de arroz importado para suprir a carência do item devido ao desastre ambiental do Rio Grande do Sul será em 6 de junho. Foi o que informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nessa quarta-feira (29). Segundo o órgão, a intenção é adquirir 300 mil toneladas de arroz nessa leva.
Finalizados os trâmites do leilão, a previsão é de que o cereal seja entregue até o 8 de setembro no País, afirma a Conab.
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O Governo Federal viu a alterativa como uma forma de reduzir o preço do produto, uma vez que o aumento chegou até 40% nesse contexto. O Rio Grande do Sul, que sofre com enchentes, é responsável por 70% da produção nacional do arroz.
As tarifas de importação foram zeradas para três tipos de arroz pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) no último dia 20. É uma condição semelhante às transações do item pelo Mercosul, onde a taxa também é zero.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, afirmou que, depois do primeiro leilão, a União vai avaliar a necessidade de outras rodadas de compra para garantir equilíbrio do preço do alimento no mercado.
"Não queremos que essa compra importada venha competir com nossa produção nacional. Estamos comprando as primeiras 300 mil toneladas. Vamos avaliar como será o comportamento do mercado. Se nós percebermos que essa medida já equilibrou os preços, o governo vai avaliar se há necessidade ou não de fazer um novo leilão", disse em entrevista à imprensa.
O volume representa cerca de um terço do autorizado para importação por meio de medida provisória. O valor total é de até 1 milhão de toneladas de arroz. Os custos para aquisição são limitados a R$ 1,7 bilhão, previsto em portaria interministerial.
Adequação
Para condições específicas, diretrizes específicas. O produto importado será vendido em uma embalagem própria e a R$ 4 o quilo. Desta forma, o consumidor final pagará, no máximo, R$ 20 pelo pacote de 5kg.
A previsão é de que o produto seja destinado a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais em regiões metropolitanas, com base em indicadores de insegurança alimentar.
Segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul, não há risco de desabastecimento no país. Os produtores alertam para a qualidade do arroz estrangeiro e a manutenção das condições para consumo.
"Quando eu tenho um produto importado branco, pronto para o consumo, exige um cuidado muito grande com a sanidade", disse o presidente da Fedearroz, Alexandre Velho, à TV Brasil.
O edital prevê que o produto importado deve ter cor, odor e sabor característico de arroz beneficiado polido longo fino tipo1 e proíbe a aquisição de arroz aromático.