Após China suspender compras da Boeing, ações da empresa desabam enquanto as da Embraer disparam
Guerra comercial se acentuou com os Estados Unidos

O governo chinês determinou nesta terça-feira (15) que empresas aéreas do País parem de adquirir aeronaves fabricadas pela norte-americana Boeing, em mais um degrau na escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington. As informações são da agência Bloomberg, mas segue sem confirmação oficial das autoridades.
Após a divulgação das notícias relacionadas ao boicote, as ações da empresa americana caíram cerca de 1,5% na bolsa de valores, com empresas concorrentes indo pelo caminho inverso, e dispararam nos pregões, como a francesa Airbus - líder na China no fornecimento de aeronaves, que subiu 1,5%, e a brasileira Embraer registrando 3,5% de alta.
A medida vem em mais uma retaliação a aplicação de tarifas comerciais por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o país asiático.
Atualmente, as importações de produtos provenientes da China possuem taxação de 145%. Já as importações americanas registram 125%, essas, determinadas por Xi Jinping.
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Potência
A China é hoje um dos maiores mercados de aviação do mundo, com a Boeing prevendo ainda no fim do ano passado, que a frota de aeronaves no país subirá de 4.345 para 9.740 até 2043, um grande incremento na composição futura nas valiosas viagens de um único corredor, que segundo essa previsão serão 6.720 do total.
Hoje, a rival Airbus possui uma cota de cerca de 55% do mercado, a tornando dominante no país, com 2.200 aviões entregues. A americana Boeing registra 1.400 entregas de aviões nos últimos 20 anos.
Ao menos três grandes companhias aéreas da China possuem encomendas com a Boeing, Air China, China Eastern e China Southern, que somam 179 encomendas imediatas.
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