Jair Bolsonaro diz que governo pretende aumentar média do Bolsa Família para R$ 250

Presidente, no entanto, não disse origem de recursos para aumento, estimado para "agosto ou setembro"

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Presidente Jair Bolsonaro ao lado de ministro da Economia, Paulo Guedes, ao fundo
Legenda: Bolsonaro criticou ex-presidente Lula após anunciar elevação na média do benefício.
Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na manhã desta quarta-feira (28), que o governo pretende elevar a média do benefício pago pelo programa Bolsa Família de cerca de R$ 190 para R$ 250 a partir de agosto ou setembro. Bolsonaro, no entanto, não especificou a origem dos recursos para o aumento.

Segundo o presidente, o auxílio emergencial pago em 2020 gerou mais gastos do que dez anos de Bolsa Família. "Hoje a média está em R$ 192. O auxílio emergencial está em R$ 250. É pouco, sei que é pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250 agora em agosto ou setembro", afirmou Bolsonaro durante encontro com apoiadores na saída do Alvorada.

Durante o evento, Bolsonaro também criticou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e partidos de esquerda na América Latina. "Não estou preocupado com política, mas votar em um cara com um passado desses não tem cabimento", disse.

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Pesquisas de opinião mais recentes colocam Lula empatado ou numericamente à frente de Bolsonaro em um eventual embate à Presidência da República em 2022. Na crítica, Bolsonaro alega que o ex-presidente "fez obras em várias ditaduras do mundo" e que a população está "pagando a conta" em razão da Petrobras e da gasolina.

"Foram R$ 230 bilhões de refinarias que ele começou e não terminou. A propina, né? Plataformas e etcetera. E tem gente que acha que esse cara pode ser a solução", afirmou, emendando com críticas a governos de esquerda em países vizinhos.

"Quem botou a Argentina e os nossos irmãos argentinos naquela desgraça, foi a família Kirchner. E agora, quando o Macri estava terminando o mandato dele — houve alguns problemas no governo dele — o pessoal retornou a família Kirchner, quem botou a Argentina na desgraça, para comandar o país".

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