Hóspedes do Airbnb gastaram mais de R$ 309 milhões em Fortaleza em 2022

Dado é de estudo feito pela Oxford Economics, encomendado pela plataforma, e divulgado em primeira mão para o Diário do Nordeste

Escrito por Heloísa Vasconcelos , heloisa.vasconcelos@svm.com.br
Legenda: Fortaleza é um dos destinos mais importantes para o Airbnb no País
Foto: Nilton Alves

Turistas que vieram a Fortaleza no ano passado utilizando o Airbnb como forma de acomodação deixaram na Capital mais de R$ 309 milhões (US$ 65,2 milhões), o que trouxe impactos positivos no PIB cearense e no mercado de trabalho. 

As informações são de estudo solicitado pela plataforma a Oxford Economics e divulgado com exclusividade pelo Diário do Nordeste. Os dados apontam que os hóspedes do Airbnb geraram uma movimentação na economia local que trouxe um impacto direto de quase R$ 137 milhões (US$ 28,9 milhões) no PIB do Estado. 

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O estudo calcula que 1.200 empregos foram apoiados pelos gastos de hóspedes do Airbnb, gerando R$ 79,1 milhões (US$ 16,7 milhões) em remunerações, salários e outros rendimentos trabalhistas em diversos setores. 

O estudo traz dados nacionais e segmentados para os principais destinos da plataforma, sendo eles São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. Nacionalmente, os viajantes que utilizaram a plataforma gastaram um total de R$ 24,6 bilhões (US$ 5,2 bilhões), sem contar gastos com acomodações. 

Movimentação econômica do turismo 

A diretora-geral do Airbnb para América do Sul, Fiamma Zarife, explica que o estudo foi encomendado para mostrar o impacto da plataforma no crescimento econômico do País e dos principais destinos. 

Segundo ela, o Brasil é hoje o maior mercado da empresa na América Latina, tanto em termos de anfitriões, anúncios publicados e viagens. Sem divulgar dados, ela afirmou que Fortaleza é um dos destinos mais importantes para a plataforma no País. 

Quando a gente roda um estudo como esse, o que a gente quer mostrar é justamente o impacto que o Airbnb tem no crescimento econômico do país e das cidades. Esse impacto econômico vem primeiro pelo lado da renda extra que gera para os anfitriões, 97% dos anfitriões mantêm os ganhos dentro das comunidades que eles estão inseridos”.
Fiamma Zarife
Diretora-geral do Airbnb para América do Sul

A renda extra disponibilizada para anfitriões vai, na sua maioria, para mulheres. No mercado de Fortaleza, 52% das acomodações são oferecidas por mulheres e, nacionalmente, elas correspondem a 55% dos anfitriões. 

A pesquisa ainda mostra que para cada US$ 10 gastos em acomodações, os hóspedes gastam US$ 51 adicionais em outros negócios durante a viagem.  

“Isso mexe com a economia local porque as pessoas usam transportes, vão para atividades culturais, restaurantes, faz uma movimentação importante na economia, esse é um dos grandes objetivos do Airbnb, incentivar esse turismo local”, diz. 

Geração de empregos 

Nacionalmente, a pesquisa aponta que no ano passado 115 mil empregos foram apoiados pelos gastos de hóspedes no Airbnb, gerando US$ 1,4 bilhão em remunerações, salários e outros rendimentos. Comparando com os dados de 2021, foram criados 14 mil empregos adicionais. 

“Esses são os empregos diretamente ligados ao turismo, eles não contabilizam trabalhadores subcontratados, é só a atividade direta”, explica Fiamma.  

O estudo calcula que a cada 1.000 check-ins de hóspedes nas acomodações anunciadas no Airbnb, durante um ano, os gastos desses viajantes apoiam diretamente 10 empregos no Brasil. Esses empregos estão em diversos setores, como restaurantes, lojas, provedores de transporte e outros serviços e atrações. 

“A gente vai continuar trabalhando aí em conjunto sempre com a nossa comunidade anfitriã, com os governos, justamente para a gente ter mais programas e iniciativas para reforçar nossos objetivos, como o de viagens sustentáveis e inclusivas”, projeta.  

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