Hidrogênio verde: Banco Mundial avalia captação de US$ 100 milhões para Complexo do Pecém

Presidente do Cipp, Hugo Figueiredo, disse que a proposta já tem data marcada para a avaliação na Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex): 1º de junho. Valor deve compor investimento de R$ 2,2 bilhões, necessário para viabilizar produção e exportação de H2V

Escrito por Redação ,
Legenda: Cipp fica em São Gonçalo do Amarante e é o principal produtor de energia elétrica do estado
Foto: Carlos Marlon

A concretização do hidrogênio verde no Ceará dará mais um passo no próximo dia 1º de junho, data para a qual está marcada a avaliação da proposta de uma operação de crédito de US$ 100 milhões. O valor comporá o aporte de R$ 2,2 bilhões a ser feito até 2027 e considerado necessário para a produção e exportação de H2V pelo Ceará.

De acordo com o presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecpem (Cipp), Hugo Figueirêdo, os investimentos devem beneficiar o Cipp como um todo, transcendendo os projetos ligados ao hidrogênio verde, a exemplo da Transnordestina.

O valor de R$ 2,2 bilhões inclui recursos do próprio Cipp e também das empresas do setor instaladas no Pecém, sendo R$ 1 bilhão a ser aplicado pelo Complexo. “R$ 1,2 bilhão corresponde às empresas de utilidade e aí entra energia elétrica, água de reuso, isso na infraestrutura de apoio para hidrogênio verde e amônia”, explica Figueirêdo.

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Melhorias no Cipp

As melhorias incluem um corredor de utilidades por onde circulam os dutos de amônia, gás natural, hidrogênio e a rede elétrica. As empresas de utilidade devem construir dutos, a tancagem dos combustíveis e o terminal para receber a produção e embarcar no Porto do Pecém. 

Dentre as obras que cabem ao Complexo, o píer 2 deve sofrer adaptações para a operação de amônia e hidrogênio verde. Além disso, uma nova subestação deve ser feita para garantir que haja energia suficiente para os eletrolisadores (usinas onde é gerado o H2V).

Figueirêdo também mencionou a necessidade de outros órgãos de financiamento, mencionando o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).  “Até porque essa operação que nós estamos vislumbrando com o Banco Mundial cobre apenas uma parte do investimento total do Cipp e certamente haverá a necessidade de outros órgãos de financiamento”.

O CAF é uma das fontes com quem estamos conversando para avaliar a possibilidade de eles financiarem não só o Cipp como as empresas que estão se instalando lá, porque o CAF tem uma operação de crédito para empresas privadas, claro que tendo em vista o desenvolvimento da região, mas há essa possibilidade
Hugo Figueirêdo
Presidente do Cipp

Liberação dos recursos

Questionado sobre a liberação dos recursos, o presidente do Cipp pontuou que se trata de uma operação que precisa passar pela Assembleia e pelo Senado também, mas mencionou a expectativa para o ano que vem.

“Mas o importante é a gente estar com tudo alinhado. Estaremos com os recursos disponíveis, licenciamento ambiental, projetos de engenharia, então todo mundo andando em paralelo com as empresas e com o Porto de Roterdã também, que é um parceiro que está fazendo um investimento para receber o produto que será exportado”, diz o presidente do Cipp.

 

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