'O melhor do Brasil e dos Países Baixos', diz primeiro-ministro sobre parceria entre Pecém e Roterdã
A produção e o escoamento de Hidrogênio Verde agora serão feitas em parceria entre os portos de Pecém, no Ceará, e Roterdã, nos Países Baixos
Durante evento de criação do Corredor do Hidrogênio Verde (H2V) entre os portos do Pecém e de Roterdã, o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, celebrou a parceria entre o Ceará e o território neerlandês e indicou que o momento atual representa "o melhor do Brasil e dos Países Baixos".
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"É uma parceria extremamente importante, pois junta todo o conhecimento que vocês têm aqui no Brasil sobre o hidrogênio verde, capacidade de produção em larga escala para colocar em prática com conhecimento em logística que nós temos nos Países Baixos", enfatizou.
O primeiro-ministro pontuou que Roterdã "está super animada" em fazer parte desse projeto de cooperação para atração de investimentos e negócios para impulsionar o H2V. Apesar de experimental, o projeto "só dá sinais positivos até agora".
"As circunstâncias são ideais e já é uma via de mão dupla, pois os Países Baixos estão sempre abertos a investimentos estrangeiros diretos", pondera. O Porto do Pecém, segundo Mark, possui "excelentes condições de produção de H2V".
Sobre as expectativas, o primeiro-ministro pontua que é necessário ver como o mercado vai reagir. Uma vez que o trabalho pesado começar, será possível ver como o setor comercial vai reagir. Ele também citou haver uma gama extensa de investimentos internacionais em aço e químicos.
Mercado portuário
O diretor internacional do Porto de Roterdã, René van der Plas, também destacou a atuação do Porto de Pecém no mercado portuário e celebrou a assinatura com os Países Baixos.
O que nos assinamos hoje é um documento importante para que os portos [do Pecém e Roterdã] possam, em conjunto, identificar os tipos de soluções que nós podemos ter para prestar suporte a esse tipo de investimento. O mais importante é que nós possamos atrair produtores da área para proporcionar uma infraestrutura básica para que seja possível exportar o hidrogênio verde".
Sobre o papel do Porto de Roterdã, o diretor do equipamento pontuou haver sempre reuniões e discussões sobre o projeto, além do fato de que o porto já está criando experiência no assunto, visto que há diversos investimentos ativos.
"Estão acontecendo agora mesmo diversos investimentos para conseguirmos receber o hidrogênio verde: infraestrutura interna, tubulações e etc. É uma mercadoria totalmente nova e uma cadeia de suprimentos totalmente nova que precisa ser estabelecida", assinala.
O objetivo, e o mais intrigante e difícil, vai ser conseguir combinar os dois portos e integrá-los em uma só cadeia, segundo René.