Gastos com transportes puxaram alta da inflação em Fortaleza em 2023
Dados do IPCA foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE
Gastos com transportes foram os principais responsáveis, no ano passado, pelo aumento da inflação em Fortaleza. De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os itens tiveram uma variação acumulada de 10,63% no ano.
Em seguida, na Capital, puxaram a alta do IPCA gastos com educação (9,37%), saúde e cuidados pessoais (5,83%), despesas pessoais (5,07%) e alimentação e bebidas (4,88%). A única queda registrada na inflação foram os artigos de residência (-1,17%).
De maneira geral, no Brasil, todos os nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em 2023. Como em Fortaleza, a maior pressão partiu do grupo "Transportes", com alta nacional de 7,14% e contribuição de 1,46 ponto porcentual para a taxa de 4,62% registrada pelo índice em 2023. Além disso, o IBGE constatou que todas as 16 regiões do País investigadas para a pesquisa registraram altas de preços no ano passado.
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Escalada de preços no País
Os aumentos de preços de itens não alimentícios foram responsáveis por 95% da inflação oficial no País em 2023. Enquanto os itens alimentícios subiram 1,03% no ano, os preços dos não alimentícios avançaram 5,62%, uma contribuição de 4,39 pontos porcentuais para a taxa de 4,62% registrada pelo IPCA.
Entre os 10 itens de maior impacto, que responderam juntos por quase 65% do IPCA em 2023, apenas dois eram de alimentos: refeição fora de casa (alta de 4,34%) e arroz (24,54%). Os demais eram não alimentícios, como gasolina (12,09%), emplacamento e licença (21,22%), plano de saúde (11,52%), energia elétrica residencial (9,52%), passagem aérea (47,24%), taxa de água e esgoto (10,08%), ensino fundamental (10,63%) e condomínio (6,74%).
No caso do plano de saúde, em junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos (posteriores à lei nº 9.656/98) em 9,63% para o período de maio de 2023 a abril de 2024. "A partir de outubro, foram incorporadas frações referentes aos planos antigos, com vigência retroativa a julho. Destaca-se, ainda, a alta de 5,83% dos produtos farmacêuticos. Em 31 de março de 2023, passou a valer o reajuste de até 5,60% nos preços dos medicamentos", apontou o IBGE.
A alta na energia elétrica residencial no ano ocorreu a despeito de ter vigorado, ao longo de todo o ano de 2023, a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional nas faturas.
Ainda em habitação, ficaram mais caros, em 2023, a taxa de água e esgoto (10,08%), o condomínio (6,74%) e o aluguel residencial (3,21%).