Financiamento imobiliário no Ceará dispara 169% no 1º semestre; 3º maior resultado do Brasil
Foi o terceiro maior crescimento entre todos os estados do País, segundo a Abecip
O financiamento imobiliário no Ceará com recursos da poupança chegou a R$ 1,65 bilhão no primeiro semestre de 2021, crescimento de 169% na comparação com igual período de 2020 (R$ 612,8 milhões). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (22) pela Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O número considera os financiamentos de imóveis prontos, novos ou usados, além de empréstimos para a construção da casa própria.
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Foi o terceiro maior crescimento entre todos os estados do País, atrás apenas do Pará, com avanço de 184% no semestre, do Rio Grande do Norte (193%).
Em número de unidades, foram 7,9 mil no primeiro semestre de 2021 - 5,3 mil a mais em relação ao primeiro semestre de 2020, quando foram quase 2,6 mil unidades financiadas, conforme a Abecip.
Somente em junho, foram financiados no Ceará com recursos da poupança R$ 309,1 milhões, crescimento de 114% em relação aos R$ 144,3 milhões registrados no primeiro semestre do ano passado.
Aquisição e construção
O volume financiado considerando apenas a aquisição de imóveis prontos, novos ou usados, apresentou crescimento de 133% no Ceará no primeiro semestre de 2021. O Estado se destacou diante do resto do País em volume financiado para a construção da casa própria: crescimento de 418% no primeiro semestre de 2021 ante igual período do ano passado.
Considerando os financiamentos para construção de imóveis, o Ceará teve o segundo maior crescimento entre os estados brasileiros, atrás apenas de Sergipe (422%).
Durante a divulgação dos dados, a presidente da Abecip, Cristiane Portella, destacou que os preços dos imóveis, a taxa de juros do crédito imobiliário mais baixa em decorrência da Selic e outros fatores ligados à mudança de comportamento ocasionada pela pandemia fazem com o que o momento seja bom para a compra de imóveis.
"Preço, taxa que cabe no bolso, a postergação de gastos da família e a valorização maior do estar em casa, então esse é um bom momento (para a aquisição de imóvel), de forma generalizada"
Brasil
No País, o financiamento imobiliário cresceu 124% no primeiro semestre deste ano, chegando a R$ 97 bilhões contra R$ 43,4 bilhões em igual período do ano passado.
Juros
Sobre os juros do crédito imobiliário, que devem subir com as altas previstas para a taxa básica de juros, a Selic, Cristiane Portella destaca que é natural que esse reajuste ocorra no crédito imobiliário, mas não na magnitude de alta da Selic.
"Nós estamos vivendo um bom momento. Há uma competição muito grande e temos indexadores diferentes, com opções que protegem eventuais defasagens lá na frente", destaca Cristiane.