Faturamento real do turismo cearense soma R$ 327,4 mi em setembro

Ceará ficou na décima posição no País apesar das medidas restritivas impostas pela pandemia de Covid-19

Escrito por Redação ,
Praia de Jericoacoara
Legenda: Para os próximos meses, a tendência é de que o turista priorize o destino nacional, de curta distância
Foto: Diário do Nordeste

O faturamento real do turismo no Ceará somou R$ 327,4 milhões em setembro. O índice, que  mostra o faturamento das atividades relacionadas ao turismo vem apresentado crescimento desde o mês de maio, após um começo de ano ruim e as restrições impostas pela pandemia pelo Covid-19 a partir do mês de março.

 A pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a empresa de cartões Cielo.

Dentre os 26 estados da federação e o Distrito Fedral, o desempenho do Ceará ficou na 10ª posição, atrás de São Paulo (R$ 4.469,6 bi), Rio de Janeiro (R$ 1.610,8 bi), Minas Gerais (R$ 1.045,7 bi), Paraná (R$ 755,6 mi), Santa Catarina (R$ 743,4 mi), Rio Grande do Sul (R$ 643,8 mi), Bahia (R$ 481,6 mi), Pernambuco (R$ 470,0 mi) e Goiás (R$ 367,7 mi). No Brasil, o faturamento do turismo em setembro chegou a R$ 12.813,9 bilhões. 

O levantamento mostra que em janeiro e fevereiro o faturamento do turismo apresentou queda de 18,8%, acumuladamente, em todos o país. Com a crise provocada pela pandemia, a queda nas vendas cresceu em março (-31,7%) e mais do que dobrou na passagem para abril (-66,4%), pior período econômico da pandemia quando as vendas nos diversos segmentos ligados aos serviços turísticos encolheram 77,1%, despencando do patamar de R$ 17,806 bilhões em fevereiro para R$ 12,155 bilhões em março e R$ 4,078 bilhões em abril. No quadrimestre, esse índice chegou a 81,4%.

Expectativa
De acordo com os analistas, a tendência é de que o índice - chamado ICV-Tur-CNC - continue crescendo em um curto prazo, na medida em que a economia mostra sinais de recuperação. Isso, segundo o levantamento, se os preços se mantiverem estáveis e a confiança do consumidor em aumentar gastos continue crescendo.  

Por outro lado, esse crescimento poderá vir a ser menor diante do cenário que se configura para o fim do ano, em função da alta dos preços dos alimentos e do dólar; da redução do auxílio emergencial; e da menor massa de salários em circulação em face do desemprego. A tendência, neste caso, é de que o turista priorize o destino nacional, de curta distância.
 

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