Em reunião com Haddad, Shein anuncia a criação de 100 mil empregos no Brasil

Ministro afirmou que o plano de nacionalização das operações da empresa deve ser realizado em até quatro anos

Escrito por Redação ,
ministro da Fazenda Fernando Haddad
Legenda: Haddad reforçou o interesse em ampliar a concorrência do mercado para beneficiar consumidores e a geração de empregos no comércio brasileiro
Foto: MF/Divulgação

Medidas sobre a atuação da varejista asiática Shein no Brasil foram acertadas durante reunião da empresa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (20). Um dos tópicos do acordo é que a plataforma siga o Programa de Conformidade Tributária da Receita Federal.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a Shein se comprometeu a investir diretamente em fábricas no Brasil para produzir em território nacional os mesmos produtos que comercializa em seu site. Essa medida possibilitaria a criação de 100 mil empregos no país

Haddad afirmou ainda que o plano de nacionalização das operações deve ser realizado em até quatro anos, quando 85% das vendas pelas plataformas eletrônicas passem a ser produzidas no Brasil.

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“Hoje nós tivemos uma reunião a pedido da Shein, que veio nos anunciar duas coisas muito importantes. Eles vão aderir ao plano de conformidade da Receita Federal. Estão dispostos a fazer aquilo que for necessário, com outros portais e todo o comércio eletrônico, para normalizar as relações com o Ministério da Fazenda”, disse Haddad.

Taxação

No início da semana, o governo anunciou que irá manter a isenção para comércio internacional entre pessoas físicas até US$ 50. Quando Haddad afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu o recuo da medida e que a equipe econômica estudasse uma resolução administrativa para a questão.

"Nós queremos investimentos estrangeiros. Nós apreciamos o comércio eletrônico, nada contra. Mas nós queremos condições competitivas para que não prejudiquemos empregos no Brasil, as lojas do varejo brasileiro. Nós queremos que as pessoas tenham a mesma condição: quem produz, quem comercializa, tem que ter condições iguais”, afirmou Haddad.

Segundo o ministro, a única condição solicitada pela varejista asiática é que a regra "valha para todos". “Esta é a única contrapartida feita a nós e nós, obviamente, não queremos nada diferente, queremos condições iguais para todo mundo. Se a regra valer para todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade. Não repassarão para o consumidor”, informou.

Haddad reforçou o interesse em ampliar a concorrência do mercado para beneficiar consumidores e a geração de empregos no comércio brasileiro.

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