Em meio a crise, Americanas adia balanço do 1º trimestre que traria informações sobre rombo
Em janeiro deste ano, a empresa anunciou que identificou "inconsistências em lançamentos contáveis" no valor de R$ 20 bilhões
A Americanas informou, nesta quinta-feira (4), que adiou a divulgação do balanço financeiro do 1º trimestre de 2023. A empresa, contudo, não informou uma nova data para apresentação dos dados financeiros. O comunicado foi assinado pela diretora financeira e de relações com investidores, Camille Loyo Faria. A Americanas enfrenta uma crise financeira devido "inconsistências em lançamentos contáveis". As informações são do g1.
“O adiamento se dá em razão da necessidade de conclusão dos trabalhos de revisão pela companhia, seus assessores e auditores independentes das demonstrações financeiras de exercícios encerrados, inclusive do exercício social de 2022, e dos efeitos das inconsistências em lançamentos contábeis divulgadas em 11 de janeiro de 2023”, informou o comunicado.
A nota ainda informa que a análise tem por finalidade garantir que as demonstrações reflitam adequadamente a posição patrimonial e financeira da companhia e de suas controladas. A análise orá ocorrer em paralelo a apuração das "inconsistências contábeis", identificadas em janeiro de 2023.
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Crise na Americanas
A crime na Americana foi instaurada com o anúncio de um rombo bilionário, em 11 de janeiro. O documento foi assinado pelo então presidente da empresa, Sérgio Rial, que renunciou da presidência em seguida. O executivo estava na companhia havia apenas 15 dias.
O rombo é efeito da descoberta de financiamentos de compras na ordem de mais de R$ 40 bilhões em dívidas. Em recuperação judicial, o grupo Americanas pediu proteção judicial contra cortes de energia, telefonia e internet por dívidas.
Documentos de uma investigação interna apontam que membros da diretoria podem ter omitido do conselho operações que causaram o rombo.
A empresa tem mais de 9 mil credores, com dívida total de mais de R$ 42 bilhões. Documentos de uma investigação interna apontam que membros da diretoria podem ter omitido do conselho operações que causaram o rombo.