CPMF: volta ainda não está decidida
Brasília. O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (17) que ainda não existe uma decisão por parte do governo interino de Michel Temer sobre a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou de qualquer outro tributo. Segundo ele, qualquer decisão sobre impostos é prematura antes de o governo conhecer os dados reais das contas públicas.
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"Conhecer os números e a abrangência de reformas e mudanças estruturais. A nossa prioridade é conhecer a real situação (dos números)e, a partir daí, tomar as medidas necessárias administrativamente", disse. O próximo passo, segundo ele, é encaminhar ao Congresso Nacional outras medidas.
Tributação elevada
O ministro da Fazenda reafirmou que o nível da tributação no Brasil é muito elevado para padrões de países emergentes. Enfatizou que a prioridade é o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade do Estado.
"(Pretendemos) a recuperação da confiança visando retomar o crescimento o mais rápido possível e criar emprego o mais rápido possível. Porque aí, nós entramos em outro ciclo. De criação de emprego na medida que isso vai certamente gerar também aumento da atividade, aumento da arrecadação, do consumo. O que faz com que toda essa equação seja mais factivelmente resolvida", disse.
Desemprego
Meirelles disse ainda que, se nenhuma medida fosse tomada para melhorar a trajetória de evolução da dívida pública, a evolução da confiança e para reverter a contração da economia, a taxa de desemprego poderia chegar a 14%. Ele apresentou essa projeção na reunião entre centrais sindicais e o governo para discutir sobre a reforma da Previdência.