Nomes que irão gerir bancos ainda serão confirmados

Após nomeação para o BC e o BNDES, mercado acompanha definições sobre o comando da Caixa, do BB e do BNB

Escrito por Redação ,
Legenda: O BNB nega qualquer mudança no comando da instituição e confirma Marcos Holanda no cargo de presidente do Banco
Foto: Foto: Kid Júnior

Fortaleza/Brasília. A dança das cadeiras promovida pela troca de comando no governo federal - após o afastamento da presidente Dilma Rousseff e a ascensão do vice Michel Temer - chega, agora, aos bancos públicos. O ex-presidente da Infraero, Gustavo do Vale, é dado como nome certo para assumir o Banco do Brasil. Já o maior fomentador de projetos depois do BNDES, o Banco do Nordeste, tem seu comando mais uma vez visado por forças políticas regionais.

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Na imprensa da Paraíba, inclusive, é noticiado que a bancada do PMDB daquele estado no Senado pressiona Michel Temer para levar um paraibano à presidência do BNB. Contatada, a instituição, no entanto, nega qualquer mudança e garante a manutenção do cearense Marcos Holanda no cargo.

Também procurado pela reportagem, o senador Eunício Oliveira, do PMDB cearense, responsável pela indicação de Holanda para o Banco, não respondeu sobre toda movimentação de outro estado visando o comando do BNB até o fechamento desta edição. Já o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) revela que recebeu informação do Senado de que "a cota de Eunício Oliveira seria mantida no Banco do Nordeste".

Segundo escalão muda

Não gozarão da mesma imunidade de Holanda os cargos do segundo escalão do BNB, conforme afirmou Gomes de Matos. "As demais diretorias devem ser alteradas", diz. O motivo desta tomada de atitude seria porque os diretores fariam parte de outras cotas, indicados por políticos que não estão mais no poder, como o deputado federal José Guimarães e o senador José Pimentel, ambos do PT, e os irmãos Ciro e Cid Gomes, do PDT.

De acordo com o deputado federal, a definição sobre quem sai e quem assume estes cargos deve sair nos próximos 30 dias.

Caixa barra nomeações

Na expectativa de conhecer todos os novos presidentes dos bancos públicos ontem, como anunciou previamente o governo, o mercado terminou o dia frustrado. Além de Ilan Goldfajn para o Banco Central, substituindo Alexandre Tombini, nenhum outro presidente de instituição bancária pública foi anunciado. Rumores de bastidores dão conta que a falta de nomes se deu pela indefinição sobre a escolha do novo presidente da Caixa Econômica Federal.

Segundo apurou a reportagem, questões políticas travam as negociações em relação à Caixa. No entanto, até a noite de ontem, quem estava cotado para o banco é o ex-ministro Gilberto Occhi, que comandou o Ministério das Cidades e também o Ministério da Integração Nacional ainda no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff até o partido ao qual pertence, o PP, desembarcar do governo.

Dentro do banco, conforme afirmam fontes internas da Caixa, ele é considerado um técnico competente. Como funcionário de carreira, Occhi já assumiu os cargos de superintendente regional e vice-presidente de governo da Caixa.

Sem datas

Já sobre os segundos escalões de Caixa Econômica e Banco do Brasil, os rumores dos corredores de Brasília ainda não chegaram à imprensa nacional.

A data de nomeação para Caixa e para o BB também segue indefinida, apesar das garantias de algumas fontes de que Occhi e Vale, respectivamente, sejam mesmo os indicados do governo interino para os cargos.

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