China desbanca Petrobras e leva mais da metade do petróleo em leilão

Leilão aconteceu nesta quarta-feira (31) e arrecadou R$ 17 bilhões

Escrito por Diário do Nordeste / Estadão Conteúdo ,
Petrobras
Legenda: Petrobras ficou com 14,5 milhões de barris de petróleo, enquanto duas companhias chinesas levaram 23 milhões
Foto: Shutterstock

Duas empresas petrolíferas da China superaram a Petrobras e levaram mais da metade do petróleo no leilão promovido pela estatal Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) nesta quarta-feira (31). Ao todo, foram arrecadados R$ 17 bilhões.

Foram colocados à venda 37,5 milhões de barris divididos em quatro lotes. A Chinesa CNOCC ficou com 12 milhões de barris de petróleo após arrematar o lote 2. Já a Petrochina arrematou o lote 3, com 11 milhões de barris. Somando as duas companhias, a China levou 23 milhões de barris.

A Petrobras arrematou os lotes 1 e 4, ficando com 14,5 milhões de barris de petróleo referentes à participação da União nos campos de Mero e Búzios, na Bacia de Santos. 

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Além das quatro vencedoras, participaram do certame a Refinaria Mataripe, Galp, Prio, Shell e TotalEnergies. Dos quatro lotes, três foram definidos em disputa a viva-voz, e em todos a Petrobras participou da disputa.

No leilão, a referência mínima da primeira etapa para os lotes de Mero foi igual ao valor do Brent do dia com desconto abaixo de US$ 4,40, enquanto o limite mínimo da primeira etapa do lote de Búzios era igual ao valor do Brent datado, menos US$ 4,25.

O montante de óleo estimado para o certame é o maior já licitado e equivale a uma entrega de aproximadamente 66 cargas de 500 mil barris em 2025, que estarão disponíveis nos navios-plataformas (FPSOs, da sigla em inglês) Guanabara, Sepetiba, Duque de Caxias e Pioneiro de Libra, em Mero, e nas plataformas P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, em Búzios.

Esses volumes são estimativas da futura parcela de petróleo da União nesses campos, que contemplam incertezas inerentes ao processo de produção. Ao arrematar um lote, o comprador terá à disposição toda a carga nomeada em 2025, que pode ser maior ou menor do que o volume estipulado no edital.

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