Se até pouco tempo atrás um dos principais gargalos para a implantação de parques eólicos e fotovoltaicos no Estado era a carência de linhas de linhas de transmissão e de subestações para escoar a produção desses empreendimentos, hoje o Estado se encontra em situação relativamente confortável. Desde o último leilão de energia, em dezembro, até 16 de fevereiro, a capacidade de escoamento de energia no Ceará para o próximo certame, em abril, apresentou crescimento de 200%, passando de 2.115 MW para 6.355 MW.
Com esse avanço, o Ceará apresenta hoje 22% de toda capacidade disponível no Brasil, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). E os principais concorrentes do Ceará para a implantação de usinas, Rio Grande do Norte, Bahia e Rio Grande do Sul, terão, respectivamente, 530 MW, 3.450 MW e 1.178 MW disponíveis para o próximo leilão. Depois do Ceará, o estado com maior capacidade disponível será o Piauí (4.580 MW).
"Nos últimos leilões de energia, o Ceará não ficou muito bem posicionado em função das restrições do escoamento de energia, de falta de linhas e de subestações. Mas para o próximo leilão, previsto para abril, a situação se reverteu e o Ceará está em melhores condições de escoamento de energia do que todos os estados que têm projetos cadastrados", diz o consultor da Fiec, Jurandir Picanço.
Do leilão de dezembro para o leilão de abril, o Ceará, em função das novas obras de construção contratadas, triplicou a sua capacidade de escoamento, deixando o Estado numa vantagem para o próximo leilão.
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