Agricultora tem renda triplicada com auxílio emergencial
Maria Aparecida Pereira Da Silva costumava ganhar menos de R$ 500 com a venda os produtos que colhe em casa
Maria Aparecida Pereira Da Silva (46) garante o sustento da família através de uma horta que possui em casa. Através da venda do que produz, ela apura menos que R$ 500 por mês. Mãe solo de dois filhos, ela viu a renda da casa triplicar com o recebimento do auxílio emergencial.
Cida - como é conhecida - está recebendo ao auxílio emergencial no valor de R$ 1.200, o que praticamente triplicou a renda da casa. "Melhorou muito com o auxílio. Eu mantenho a casa através da plantação. A gente tira uma parte pra consumo e vendo o resto, mas tiro no máximo R$ 500 por mês", revela.
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Do pouco ganho, além das necessidades básicas, ela precisa pagar um ajudante em determinadas tarefas. "Quando vou no curral pegar estrume, tem que ter uma pessoa comigo, porque só não tem como. E meus filhos não me acompanham porque eu não quero, quero que eles estudem", ressalta. Ela revela que os dois filhos, já universitários, estudam com bolsa garantida através da nota no Enem.
Rotina alterada
A agricultora costumava sair de casa bem cedo com os itens colhidos para vender pelo bairro. Por ser diabética e hipertensa e, portanto, do grupo de risco, ela teve de mudar a logística: agora, avisa aos clientes os produtos disponíveis e eles retiram na própria horta. "Eu não 'tô' podendo sair. Então, eu planto, colho e a pessoa tá vindo comprar aqui", conta. Ela destaca que nesta terça-feira (1º) tinha alguns mamões e outros produtos que redenram R$ 100 em vendas.
Apesar da mudança e da pandemia, a agricultura não deixou de trabalhar e tem um parceiro que leva parte da produção para vender aos comércios locais. "Eu não parei. É uma coisa que eu amo fazer. Pra mim, é a coisa melhor do mundo mexer com a terra", afirma.
Ela lembra que, antes da pandemia, recebia apenas R$ 148 do Bolsa Família, diferença de R$ 1.052 para o que recebe atualmente com o auxílio. Com a renda extra, ela está fazendo uma reserva. "As despesas continuam as mesmas. Se eu comprava um sabonete de R$ 1, não passei a comprar de um R$ 3, continuo usando o mesmo. Já 'tô' pensando como vai ficar depois. Vi que o auxílio vai continuar até dezembro, mas com um valor menor", preocupa-se.