Blake Lively, Justin Baldoni e Taylor Swift: entenda a briga judicial milionária de Hollywood
Em um processo movido pelo cineastra contra Blake Lively e o marido dela, Ryan Reynolds, o nome da cantora Taylor Swift é supostamente mencionado

O ator e cineastra Justin Baldoni, diretor e protagonista masculino do filme "É Assim que Acaba", processou sua colega de elenco Blake Lively e o marido da atriz, Ryan Reynolds, por extorsão civil, difamação e invasão de privacidade. As informações são do TMZ e foram divulgadas na quinta-feira (16).
Na ação, o Baldoni solicita uma indenização de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) e exige um julgamento com júri. Ele também acusa o casal de Hollywood de tomar o controle do filme que estreou em novembro do ano passado.
Segundo a denúncia apresentada por Baldoni, o caso não se trata de disputas entre celebridades na mídia, mas de duas figuras influentes do entretenimento utilizando seu poder para retirar o filme das mãos do diretor e do estúdio responsável.
O documento ainda destaca o grande alcance de influência de Lively, apontando-a como uma das personalidades mais conhecidas mundialmente.
A acusação afirma que ela teria usado essa influência para ameaçar o trabalho e os negócios dos envolvidos, impondo exigências incessantes. Quando essas demandas não foram atendidas, ela teria retaliado com acusações de conduta sexual inadequada e extremamente graves.
Mas essa é só mais uma etapa da briga judicial entre Justin e Blake, que enfrentam rusgas desde as gravações e divulgação do filme.
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ENTENDA O CASO
Em dezembro de 2024, em meio ao sucesso do filme "É Assim que Acaba", Blake Lively, protagonista da trama, processou o ator e diretor Justin Baldoni por assédio sexual. Segundo o portal TMZ, que teve acesso ao processo e divulgou os desentendimentos dos protagonistas do filme, a atriz diz que o comportamento do ator e diretor do filme levou a um “ambiente hostil” de trabalho.
Ainda segundo o TMZ, Blake ainda alega que Justin iniciou uma campanha de “manipulação social” para “destruir” sua reputação. Segundo o portal, o processo inclui mensagens do assessor do ator para o assessor do estúdio dizendo que Baldoni “quer sentir que [a Sra. Lively] pode ser enterrada”.
A denúncia feita por Blake Lively foi inicialmente revelada pelo jornal americano The New York Times, que publicou, em 21 de dezembro, um artigo intitulado “Podemos Enterrar Qualquer Um: Dentro de uma Máquina de Difamação de Hollywood”. O texto trouxe detalhes da denúncia apresentada pela atriz ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, que geralmente são mantidos em sigilo.
Ainda no mesmo mês, o advogado de Justin Baldoni, Bryan Freedman, disse a um programa de TV americano que as acusações feitas por Lively são "lamentáveis", além de graves e "claramente falsas".
O cineasta também reagiu processando o jornal The New York Times, responsável por divulgar a denúncia feita por Blake, exigindo uma indenização de US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão). Baldoni afirma que o jornal divulgou um artigo "cheio de imprecisões, distorções e omissões", sustentado na "versão unilateral e egoísta" apresentada pela atriz.
À época, o advogado do diretor também garantiu que a defesa iria apresentar "todas as mensagens de texto" trocadas entre ele e a atriz como resposta às alegações feitas contra seu cliente.
MENSAGENS TROCADAS E... TAYLOR SWIFT?
De acordo com os documentos judiciais, Blake Lively teria tentado alterar cenas importantes do filme 'É Assim que Acaba', chegando a chamar Baldoni em sua casa para apresentar suas sugestões. Durante a reunião, um amigo próximo do casal Lively e Reynolds apareceu e também elogiou as mudanças sugeridas por ela no roteiro.
Após o encontro, Baldoni teria enviado uma mensagem para Lively elogiando sua proatividade e afirmando que estava trabalhando na mesma cena mencionada. Na mensagem, destacou que teria achado as ideias dela boas mesmo "sem Ryan e Taylor", e agradeceu sua dedicação à produção.
Em outra troca de mensagens, Lively mencionou o marido e uma terceira pessoa, chamando-os de "Titãs Absolutos como escritores e contadores de histórias". Ela admitiu que às vezes tem dificuldade em se fazer ouvir por medo de "ameaçar egos" ou prejudicar o processo, mas destacou que os dois encorajam sua voz, o que a faz querer deixar essas preocupações de lado.
Lively ainda comparou sua postura à de Khaleesi, personagem do seriado "Game of Thrones", afirmando que, como a figura icônica, precisa ter "alguns dragões".
Baldoni, no entanto, interpretou esse comentário como uma tentativa de intimidá-lo, utilizando o prestígio de seu marido e da cantora Taylor Swift para reforçar sua influência e impor suas ideias no filme.
Ao TMZ, a equipe jurídica de Blake Lively respondeu de forma contundente ao processo. Segundo a declaração, a ação seria “uma história antiga: uma mulher apresenta evidências concretas de assédio sexual e retaliação, e o agressor tenta inverter o jogo contra a vítima.”
Os advogados de Lively alegam que Baldoni e sua produtora estão tentando confundir a opinião pública ao sobrecarregar as informações, fazendo com que suas ações pareçam uma resposta legítima, quando seriam, na verdade, retaliações contra as acusações de assédio sexual.
A defesa rebate as alegações de que Lively teria assumido o controle criativo do filme e afastado o elenco de Baldoni. Eles argumentam que as evidências demonstrarão que outros membros do elenco e da produção também tiveram experiências negativas com Baldoni e sua produtora, Wayfarer Studios. Além disso, afirmam que a Sony — produtora do filme — solicitou que Lively supervisionasse a edição final do longa.
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