Justin Baldoni, ator e diretor de 'É Assim Que Acaba', processa jornal em R$1,5 bilhão por caso de Blake Lively

No dia 21 de dezembro, o The New York Times publicou reportagem com denúncias da atriz, que acusa o diretor de assédio sexual e difamação

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(Atualizado às 23:17)
Cena do filme
Legenda: Desde o lançamento do longa, em agosto de 2024, os protagonistas estão envolvidos em rumores de que haveria um desentendimento entre eles nas gravações
Foto: Reprodução

O ator e diretor Justin Baldoni entrou com uma ação por difamação contra o The New York Times, na última terça-feira (31). Ele pede R$ 1,5 bilhão em indenização e alega que o jornal publicou uma reportagem imprecisa e com informações deturpadas, com base na “narrativa egoísta” de Blake Lively, atriz que protagonizou o filme “É Assim Que Acaba” ao lado de Baldoni e o acusou de assédio sexual e difamação.

Desde o lançamento do longa, em agosto de 2024, os protagonistas estão envolvidos em rumores de que haveria um desentendimento entre eles nas gravações. Mas, em dezembro, o caso deixou de ser uma especulação e a atriz apresentou uma queixa ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia.

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No sábado, 21 de dezembro, a denúncia da atriz foi publicada pelo jornal norte-americano, em uma reportagem intitulada “Podemos Enterrar Qualquer Um: Dentro de uma Máquina de Difamação de Hollywood”. O texto incluía detalhes das acusações.

Após a veiculação da notícia, a agência de talentos WME, que representa Blake Lively e o marido dela, Ryan Reynolds, rompeu o contrato com Baldoni. Dois dias depois, o diretor também perdeu um prêmio que havia ganhado por seu trabalho na defesa de mulheres e meninas.

Já Lively recebeu apoio do sindicato de atores SAG-Aftra e do estúdio Sony, responsável pelo longa. Além disso, Colleen Hoover, autora de diversos best-sellers, incluindo “É Assim que Acaba”, declarou apoio à atriz nas redes sociais.

O que alega Justin Baldoni

No processo contra o The New York Times, segundo informações da CNN, Baldoni alega que o jornal falhou em manter sua “integridade jornalística” ao relatar as acusações. A ação aponta que o veículo “confiou quase inteiramente na narrativa não verificada e egoísta dela, citando-a quase literalmente, enquanto ignorava uma abundância de evidências que contradiziam suas alegações e revelavam seus verdadeiros motivos”.

Na denúncia da atriz constam mensagens de texto e e-mails que, segundo ela, evidenciam uma tentativa orquestrada pela equipe do diretor para manchar a reputação dela na mídia. Baldoni diz que as acusações foram fabricadas por Lively para assumir o controle do filme e que, posteriormente, ela teria iniciado uma campanha para “remodelar sua persona pública” com “alegações absurdas e sensacionalistas”.

Outra acusação contra o diretor aponta que ele e o produtor Jamey Heath entraram no trailer de maquiagem de Blake “sem serem convidados, enquanto ela estava despida, inclusive durante a amamentação”. Baldoni nega e apresenta uma suposta mensagem da atriz com o seguinte texto: “Estou bombeando leite no meu trailer se você quiser ensaiar nosso roteiro”. “Combinado. Estou comendo com a equipe e vou para aí”, teria respondido o diretor.

Durante toda a divulgação do filme, os protagonistas não deram entrevistas juntos e saíram matérias que apontavam desentendimento entre eles. Segundo o TMZ, por exemplo, Baldoni teria feito comentários inadequados sobre o corpo da atriz e a teria beijado por tempo demais em uma cena, o que a deixou incomodada.

De acordo com o UOL, após a repercussão das polêmicas, Baldoni teria contratado a mesma agência de relações públicas de Johnny Depp durante a ação de Amber Heard contra ele, envolvendo violência doméstica.

O processo de Baldoni foi apresentado no Tribunal Superior de Los Angeles pelo advogado Bryan Freedman. Entre os 10 demandantes estão o diretor, o Wayfarer Studios, o produtor Jamey Heath, também acusado de assédio sexual, e as assessoras de imprensa e gerentes de crise, Jennifer Abel e Melissa Nathan.

Ainda segundo a CNN, um porta-voz do The New York Times informou que a publicação pretende “se defender vigorosamente contra o processo”. “O papel de uma organização de notícias independente é seguir os fatos para onde eles levam. Nossa matéria foi meticulosamente e responsavelmente apurada. Ela se baseou em uma revisão de milhares de páginas de documentos originais, incluindo mensagens de texto e e-mails que citamos com precisão e profundidade no artigo”, afirmou Danielle Rhoades Ha, representante do jornal.

 

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