Velório de missionário cearense encontrado carbonizado no Quênia será no Brasil
Família segue aguardando resultado de exame de DNA para seguir procedimento de translado do corpo
O velório do pastor e missionário cearense Francisco Antônio Chagas Barbosa ocorrerá em solo brasileiro após recebimento do resultado do exame de DNA no corpo, encontrado no último sábado (10), no Quênia. As informações foram confirmadas por um dos diretores da Missão Cristã Mundial, Nilson Cezar, organização da qual Francisco fazia parte.
"A organização do velório não começou devido à espera com relação ao teste de DNA. Os familiares estão dando andamento com a embaixada e com a Polícia local para seguir esses protocolos. Em seguida, nós vamos pensar em translado, mas o velório será no Brasil realmente", disse Nilson.
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Francisco Barbosa estava desaparecido desde a última quarta-feira (7) e a entidade Missão Cristã Mundial (MCM) confirmou a morte no sábado (10). Ele foi morto a tiros e encontrado em um carro incendiado na cidade Nairóbi, no Quênia, país da África Oriental onde morava desde 2011.
História de missionário
O pastor era natural de Varjota, no Ceará, conforme confirmado ao Diário do Nordeste por representante da MCM. Há sete anos ele morava com a família no Quênia, que fez campanha, nos últimos dias, por informações de Barbosa.
A filha de Francisco, Anny Victoria, que morava com o pai, anunciou o falecimento nas redes sociais. "O céu faz uma grande festa para receber meu papai. É com muita dor no coração e em prantos que escrevo isso. Agradeço de coração a todos que divulgaram e se juntaram a nós no pior momento de nossas vidas. Mas Deus quis levar o meu pai".
Outros episódios de violência, inclusive, já haviam ocorrido contra o missionário. "Ele já havia passado por duas situações graves. Uma no Sudão do Sul, onde foi espancado, e a outra no próprio Quênia, quando ele foi sequestrado e espancado. Ele também chegou a arrastar um das pernas por conta desse episódio. Ficou 6h na mão dos sequestradores", conta Nilson Cezar.
Apesar dos casos anteriores, o diretor explica que ainda não existe uma hipótese clara do que teria motivado a morte. "Nós não temos nem ideia por enquanto do que pode ter motivado o crime. São muitas, mas tudo é especulação até as investigações acabarem", declarou ele ao Diário do Nordeste.