Sarto envia projeto para criação de cargos para área de saúde mental em Fortaleza
Parte dos profissionais do cadastro de reserva do concurso, realizado em 2018, devem ser convocados
O prefeito de Fortaleza, José Sarto, anunciou a convocação de 58 profissionais do cadastro reserva do concurso público para a área da saúde mental. Um projeto de lei para a criação das vagas que devem comportar enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicólogos aprovados foi enviado, nesta segunda-feira (4), para a Câmara Municipal.
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“Estou enviando o projeto hoje mesmo para a Câmara de Vereadores. Após aprovação, vamos convocar esses profissionais de nível superior para reforçar o atendimento e nos ajudar a melhorar a abordagem de saúde mental em Fortaleza”, disse o gestor durante o Seminário Intersetorial da Saúde Mental de Fortaleza.
As novas contratações representam um investimento de R$ 271,2 mil por mês e devem incrementar a Rede de Saúde Mental. O concurso para atuação na Rede de Atenção Psicossocial do Município (RAPS), realizado em 2018, convocou 88 profissionais, conforme previsto no edital. O contingente adicional de 58 profissionais será convocado após aprovação do Projeto de Lei pelos vereadores.
Rede de Atenção Psicossocial
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Fortaleza é composta por 23 equipamentos, sendo 15 Centros de Atenção Psicossocial (seis gerais, dois de atendimento infantil e sete de atendimento a dependentes de álcool e outras drogas), cinco unidades de acolhimento para dependentes químicos e três residências terapêuticas.
Além disso, a Prefeitura dispõe de uma rede de apoio à internação com 25 leitos infantojuvenis na Sociedade de Assistência e Proteção à Infância de Fortaleza (Sopai) e 12 leitos para desintoxicação na Santa Casa de Misericórdia.
A média mensal de atendimentos é 14,5 mil nos seis CAPS Gerais, 8,5 mil nos sete CAPS AD e 3,5 mil nos dois CAPS Infantis. Dentre as principais demandas atendidas estão: os transtornos mentais comportamentais, como autismo e esquizofrenia, episódios depressivos, distúrbio de conduta, bipolaridade, dependência de álcool e outras drogas, entre outros.
O serviço é porta aberta, no qual o usuário pode procurar diretamente, ou ser encaminhado por um dos 116 postos de saúde da Capital, que atendem, entre outras necessidades, demandas de saúde mental. Nos CAPS é feita uma avaliação inicial e, de acordo com a necessidade do usuário, é feito o encaminhamento aos serviços de cada unidade.