Meteoro ilumina céu de municípios do Ceará e outros dois estados do Nordeste; veja vídeo
Fenômeno brilhante, conhecido popularmente como "estrela cadente", pôde ser avistado nas cidades da região Centro Sul cearense
A passagem de um meteoro, registrado na noite de segunda-feira (2), iluminou o céu de municípios da região Centro-sul do Ceará, como Tarrafas, Iguatu, Icó, Penaforte e Saboeiro. O fenômeno também foi avistado nos estados da Paraíba e de Pernambuco.
O rastro brilhante, provocado pela combustão do meteoroide pelos gases da atmosfera da Terra, foi registrado por diversas câmeras às 22h13. Nas imagens, é possível observar o momento em que o objeto espacial, conhecido popularmente como "estrela-cadente", é consumido pelo atrito com a camada mais externa do Planeta, gerando uma explosão que ilumina o céu.
VEJA PASSAGEM DO METEORO
Segundo o astrônomo amador Lauriston Trindade, o evento, conhecido popularmente como "estrela-cadente", foi um episódio isolado.
Esse meteoro foi visto em Acopiara, foi visto a partir da Paraíba, de Pernambuco, mas principalmente nessa região Centro-sul do estado do Ceará. Foi um meteoro, até agora, classificado como esporádico. Ele não está associado a nenhuma chuva de meteoros. Os meteoros são aleatórios, não é possível como detectar quando ele vai acontecer."
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Apesar de poder provocar medo em quem presencia o fenômeno, Trindade explica que o episódio de segunda-feira não ofereceu perigo aos observadores.
"Não apresenta nenhum risco para população. É muito difícil que alguém seja atingido, que uma cidade, uma casa, um imóvel, seja atingindo por meteorito, mas, nesse caso, que foi visto em Iguatu, Icó, Saboeiro, Tarrafas, não deixou vestígios no solo", explica.
A população pode ficar tranquila. Os meteoros são fenômenos, na maioria das vezes, não ofensivos, e eles têm essa beleza e essa capacidade realmente de assustar a gente, por conta de ser uma força da natureza que a gente não tem controle sobre ela"
Conforme o astrônomo amador, a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) está analisando as imagens capturadas do meteoro para determinar os dados do evento. O Diário do Nordeste entrou em contato com a instituição buscando mais informações sobre o evento.
"A Rede Brasileira de Observação de Meteoros, a Bramon, está fazendo as análises, a partir das imagens das câmeras, para determinar a trajetória dele e a velocidade, mas a gente já consegue estimar que nada conseguiu sobreviver a passagem na atmosfera, e a explosão do final do meteoro fez ele fragmentar totalmente. Ele pulverizou. Se tiver algum material, ficou espalhado por uma grande região e não tem nem como a gente estimar quanto pode ter sobrevivido. Na verdade, acredito que ele foi totalmente consumido na atmosfera", destaca Trindade.