Uma equipe de pesquisa internacional afirma ter registrado a primeira evidência direta de que buracos negros giram. As descobertas são de um grupo de pesquisadores do Japão, da Coreia do Sul, da China e outros países.
Os pesquisadores usaram uma rede de radiotelescópios espalhados pelo mundo para observar o buraco negro supermassivo que ganhou fama em 2019, quando astrônomos conseguiram captar uma rosquinha laranja difusa a 55 milhões de anos-luz da Terra, no coração da galáxia Messier 87, na constelação de Virgem.
A informação foi publicada na última quarta-feira (27) pela revista científica Nature e divulgada pelo jornal britânico The Guardian.
As imagens obtidas durante um período de 20 anos mostram um jato de matéria sendo expelido pelo buraco negro quase à velocidade da luz. Segundo a equipe, a análise dos dados revelou que a direção do jato muda em um ciclo aproximado de 11 anos.
As descobertas coincidem com os resultados de simulações de supercomputador realizadas pelo Observatório Astronômico Nacional do Japão, com base na modelagem teórica de que buracos negros giram.
Observadores concluem, ainda, que as descobertas darão novos discernimentos sobre os mistérios de objetos gigantescos do Universo.