MEC quer proibição do celular também nos recreios da escola, indica Camilo Santana
Ministro argumenta que o uso individual do aparelho nas dependências das instituições contribui para déficit de atenção de alunos e queda na aprendizagem
O Ministério da Educação (MEC) vai propor que o celular também seja proibido no intervalo das escolas. A informação foi dada pelo ministro Camilo Santana, nesta sexta-feira (20), em entrevista à TV Verdes Mares. Conforme o cearense, a pasta tem se articulado com as redes de educação e o Congresso Nacional para criar um projeto de lei que limite o uso do aparelho em todo o ambiente escolar.
O ex-governador do Ceará já havia anunciado a proposta da proibir o aparelho em salas, durante evento do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em Fortaleza, nessa quinta-feira (19). A proposição é discutida com o presidente Lula, inclusive. À TV Verdes Mares, o ministro ponderou que a utilização do aparelho em todas as dependências das instituições traz prejuízos.
Todas as escolas têm política de conectividade, mas para fins pedagógicos para melhorar a aprendizagem dos nossos alunos. Para uso pessoal, a gente quer restringir na própria escola, também nos intervalos da escola, isso está sendo uma discussão
Para o ministro, no momento de recreio, os estudantes deveriam aproveitar para brincar com colegas e ir à biblioteca, por exemplo.
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Lei federal deve dar segurança às escolas
Apesar de já ser uma discussão em curso na Educação brasileira, inclusive por influência de experiências nacionais e internacionais, o ministro Camilo pontuou a necessidade de um Projeto de Lei (PL) para dar segurança às redes de ensino.
"É importante um projeto de lei para dar mais estabilidade para as redes municipais. A ideia é que a gente possa garantir isso, porque nunca o MEC olhou tanto para a educação básica brasileira. E eu acho que o uso individual do celular para outros fins tem sido um prejuízo ao aprendizado", indica.
Atualmente, estados e municípios possuem normativas que impedem a utilização de celulares em sala de aula, mas uma lei federal poderia garantir o cumprimento da medida.
"A gente acreditas que já deve ser regulado o uso, inclusive pelos próprios pais em casa. A escola é um ambiente de aprendizagem e convivência com os professores, colegas e amigos. E há estudos e evidências sobre o prejuízo que isso tem causado na aprendizagem e déficit de atenção dos alunos", declara Camilo.