Dois novos casos suspeitos de varíola dos macacos são notificados no Ceará, diz Sesa

As novas notificações foram de residentes dos municípios de Fortaleza e Caucaia

Escrito por Redação ,
Vírus da varíola dos macacos
Legenda: Detectada no início de maio, a propagação incomum da varíola dos macacos fora dos países da África Central e Ocidental, onde o vírus é endêmico, se espalhou por todo o mundo, com epicentro na Europa
Foto: Divulgação/NAID

Mais dois casos suspeitos da doença conhecida como "varíola dos macacos" estão em investigação no Ceará, segundo informou nesta segunda-feira (20) a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Com isso, os casos suspeitos da doença no Estado chegam a quatro.

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As novas notificações foram de residentes dos municípios de Fortaleza e Caucaia, na Região Metropolitana. Os outros casos suspeitos são das cidades de Cedro e Caridade, no interior do Estado. 

Ainda segundo a Sesa, o caso suspeito do residente de Maracanaú, na Grande Fortaleza, foi descartado após investigação laboratorial.

A secretaria afirma que nos quatro casos que seguem em investigação foram aplicadas todas as medidas recomendadas, como isolamento, busca de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento. 

O que é a varíola dos macacos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) explica que a doença recebeu esse nome porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos mantidas para pesquisa, em 1958. Somente em 1970, foi detectada em humanos. A varíola dos macacos é causada pelo vírus monkeypox.

Apesar de ser da mesma família da varíola humana, o patógeno causador da doença dos macacos tem menor risco de complicações. Segundo a OMS, a enfermidade é encontrada na África Central e Ocidental, onde há florestas tropicais e os animais que podem transportar a doença.

Ocasionalmente, pessoas com varíola são identificadas em outros países, após viagens de regiões onde a varíola é endêmica. 

Quais os sintomas?

Segundo a OMS, os sintomas duram entre duas e quatro semanas, mas desaparecem por conta própria sem tratamento. A orientação é que as pessoas com os sinais descritos abaixo procurem orientação médica e comuniquem possível contato com alguém infectado. Veja os sintomas: 

  • Febre;
  • Dores de cabeça intensa, musculares e/ ou nas costas;
  • Baixa energia;
  • Linfonodos inchados;
  • Erupções cutâneas ou lesões.

Geralmente, a erupção se apresenta de um a três dias após o início da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, cheias de líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, secar e cair. 

Segundo o órgão, o número de lesões em uma pessoa pode variar de alguns a milhares. A erupção tende a se concentrar no rosto, palmas das mãos e solas dos pés. Eles também podem ser encontrados na boca, genitais e olhos.

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