Gabriela Fernandes e Thallys Lima conseguiram, finalmente, registrar o filho de dois anos de idade, batizado por eles de Santiago. A conquista veio após uma série de imbróglios judiciais, incluindo um de 2020, em que o casal teve de devolver a criança à instituição de acolhimento 20 dias depois de tê-la adotado.
"O dia que nós tanto esperamos chegou. Você mudou as nossas vidas e, hoje, mais do que nunca, posso dizer que você é meu filho. Nosso Santiago. Tão querido, tão amado. Hoje, posso mostrar seu rostinho lindo", declarou Gabriela, que é influenciadora digital, em um vídeo publicado no Instagram.
O casal mora em Tianguá, a cerca de 300 quilômetros de Fortaleza. Mesmo depois de conseguir na Justiça o direito de ter Santiago em casa, eles não podiam, até então, expor o rosto do filho adotivo porque ele ainda não era registrado como do casal.
Nas fotos de viagem em família, o rosto do menino era coberto por 'emojis'. Neste sábado (2), a mãe publicou as primeiras 'selfies' com o filho no 'feed' do Instagram. "Essa foto eu sempre quis postar", escreveu ela na legenda.
A influenciadora tem mais de 760 mil seguidores na rede social. Nos 'Stories', ela agradeceu as mensagens recebidas pelos que apoiaram a história e disse que se emocionou com o texto de uma seguidora que disse que era como se Santiago tivesse "nascido ontem".
É quase um nascimento mesmo, nasce um novo nome, com uma linda história”.
Entenda o caso
Em outubro de 2020, Gabriela e Thallys estavam no processo de adoção de um bebê de quatro meses. Depois de passar 20 dias com o menino em casa, estabelecendo vínculo com ele, a Justiça definiu que a adoção estava irregular e que o casal teria de devolver a criança para a instituição de acolhimento.
Isso porque, segundo a Justiça, à época, Gabriela e Thallys só tinham autorização para visitar Santiago na instituição, a fim de "fortalecer vínculos". Contudo, a coordenadora do abrigo teria permitido que o bebê fosse para a casa do casal por três fins de semana, o que seria ilegal.
Contudo, a coordenadora do acolhimento à época, Marília Pinto de Carvalho, disse que a permissão para liberar a saída da criança teria partido de um acordo entre o abrigo, o Ministério Público do Ceará (MPCE) e o Tribunal de Justiça do Estado (TJCE), numa tentativa de desburocratizar o andamento da adoção.
Em dezembro daquele mesmo ano, Gabriela foi às redes sociais novamente anunciar que tinha conseguido a autorização judicial necessária para ter o filho adotivo em casa. E, só hoje, o menino conseguiu ser registrado.