Conheça James Baldwin, escritor e ativista de direitos civis homenageado pelo Google

Doodle comemorativo está disponível para usuários que acessam a plataforma de diversos países, entre eles Brasil e Estados Unidos

Escrito por Redação ,
Doodle em homenagem ao escritor James Baldwin, exibido pelo Google em 1 de fevereiro de 2024. Conheça James Baldwin, escritor e ativista dos direitos civis homenageado pelo Google
Legenda: Arte foi ilustrada pelo artista Jon Key
Foto: reprodução

O buscador Google homenageia o escritor e ativista dos direitos civis norte-americanos, James Baldwin, nesta quinta-feira (1º) — data que marca o início da celebração anual do Mês da História Negra nos Estados Unidos. 

Considerado um dos autores mais destacados da literatura estadunidense do século XX, ele produziu obras de ficção e não-ficção, que abordam, principalmente, temas como a luta racial e as questões relacionadas à sexualidade e à identidade

O Doodle comemorativo, ilustrado pelo artista Jon Key, está disponível para usuários que acessam a plataforma no país natal de Baldwin, além do Brasil, de Porto Rico, das Ilhas Virgens, do Reino Unido, da Suíça, da Alemanha, da Islândia e da Áustria. 

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Quem foi James Baldwin?

O romancista, escritor, dramaturgo, poeta, ensaísta e ativista dos direitos civis americano James Baldwin posa em sua casa em Saint-Paul-de-Vence, sul da França, em 6 de novembro de 1979
Legenda: Escritor faleceu na França, em 1987
Foto: RAPH GATTI / AFP

Nascido em 2 de agosto de 1924, na cidade de Nova York, ele cresceu no bairro Harlem, no distrito de Manhattan, onde ajudou a criar os oito irmãos. Na adolescência, seguiu a influência do padastro e tornou-se ministro júnior de uma igreja local, conforme informações divulgadas pelo Google.

O primeiro contato com a literatura acontecei no colégio, onde se envolveu na revista escolar e começou a publicar poemas, contos e peças de teatros. Ao longo do tempo permanecido no veículo, aprimorou as habilidades de escrita e solidificou a paixão por escrever. 

No início dos 20 anos, passou a trabalhar em diferentes bicos para sustentar a família e, paralelamente, estabeleceu a meta de escrever um romance. Em 1944, ganhou uma bolsa de estudos, mas ainda demorou 12 anos para produzir o primeiro livro. Intitulado "Go Tell It on the Mountain" — Vá Contar na Montanha, em tradução livre —, a obra semi autobiográfica hoje é considerada um dos melhores romances da literatura inglesa do século XX. 

Aos 24 anos, Baldwin se mudou para Paris, na França, para outra bolsa de estudos. A distância da cidade natal lhe permitiu escrever com mais liberdade sobre as experiências. Na época, ele fez ensaios como "Ninguém Sabe Meu Nome" e "O Fogo da Próxima Vez". As representações da masculinidade negra norte-americana inovadoras descritas por ele ressoaram além da comunidade negra. 

O segundo romance do autor foi "O Quarto de Giovanni", publicado em 1956. O livro foi um dos primeiros a retratar o amor profundo entre dois homens, antes mesmo do movimento de libertação gay ganhar força, e é considerado um clássico.

Nos anos seguintes, ele continuou a escrever ensaios e romances que abordavam tensões raciais nos Estados Unidos. 

Em 1974, produziu "Se a Rua Beale Falasse", uma trágica história de amor ambientada no Harlem. A obra foi posteriormente adaptada para um filme, que venceu o Oscar em 2018. 

Anos depois, em 1986, Baldwin recebeu o Commandeur de la Légion d'honneur, a mais alta ordem de mérito francesa. No ano seguinte, o escritor morreu em Saint-Paul de Vence, na França. 

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