Justiça mantém júri popular e adiciona novos crimes contra Jairinho e Monique em caso Henry Borel
Ambos respondem pela morte do menino de quatro anos, assassinado em março de 2021 no Rio de Janeiro
Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negaram, nessa terça-feira (27), o pedido de liberdade realizado pela defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, e mantiveram o júri popular para ele e a pedagoga Monique Medeiros. Ambos respondem pela morte do menino Henry Borel. Os magistrados ainda adicionaram mais crimes às acusações contra os suspeitos.
A decisão, que atendeu parcialmente a recursos do Ministério Público do Estado, incluiu as infrações de coação no curso do processo para o antigo político, e de tortura por omissão relevante para mãe do garoto, morto em março de 2021, quando tinha 4 anos.
Com a mudança, os dois suspeitos passam a responder por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação.
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Os desembargadores também cederam a uma das solicitações da defesa do ex-parlamentar e excluíram da acusação a qualificadora de motivo torpe. Jairinho está preso desde março de 2021, teve o mandato de vereador cassado em junho do mesmo ano e, em março de 2023, perdeu o registro profissional de médico.
Monique foi detida na mesma época que o antigo companheiro, mas teve a prisão revogada, em agosto de 2022, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Após a decisão dessa terça-feira, a 2ª Vara Criminal pode marcar a data que os dois devem ir a júri popular.
Relembre o assassinato
O menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março de 2021 no bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Rio, ele foi vítima de torturas realizadas pelo ex-vereador da capital fluminense Jairo Souza Santos, conhecido como Jairinho, e pela mãe do menino, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva.
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Henry passou o fim de semana com o pai, Leniel Borel de Almeida, e, na noite anterior à morte, no dia 7 de março, foi deixado na casa da mãe.
As investigações apontam que a criança morreu após agressões do padrasto e pela omissão da mãe. Henry sofreu, pelo menos, 23 lesões por 'ação violenta' no dia de sua morte, segundo laudo divulgado.