Enel pode ter contrato encerrado após decisão do governo, em São Paulo

Governo federal, estadual e municipal iniciaram fim do contrato.

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Redação producaodiario@svm.com.br
Funcionários da Enel de costas.
Legenda: No último dia 9, um ciclone extratropical deixou 2 milhões de pessoas sem energia em São Paulo.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Em São Paulo, o governo federal, estadual e municipal decidiram, nesta terça-feira (16), iniciar o processo para romper o contato com a prestadora Enel. Segundo o portal g1, a decisão veio após reunião do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e Alexandre Silveira, ministro de Estado de Minas e Energia.

Além da capital, a Enel também atende outras cidades da Grande São Paulo.

"Não há outra alternativa senão a medida mais grave que existe, que é a decretação de caducidade. Nós estamos mandando elementos para o Ministério de Minas e Energia. Vamos mandar isso também para a agência reguladora", afirmou Tarcísio de Freitas.

O governador afirmou ainda que irão instar a agência: “A gente está falando de uma união importante, que é do governo federal, estadual e Prefeitura de São Paulo, na mesma página, para que o processo de caducidade seja instaurado".

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Ainda durante a coletiva, o ministro Alexandre Silveira afirmou que a visita ao governador foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O gestor disse ainda que a empresa perdeu a condição de administrar o serviço de concessão.

"Esperamos que a Aneel possa dar resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, implementando e iniciando o processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria da qualidade do serviço de distribuição, que o mais sensível do setor elétrico", disse Alexandre.

CICLONE TROPICAL

No último dia 9, um ciclone extratropical deixou 2 milhões de pessoas sem energia em São Paulo. Mais de 1,3 mil equipes foram mobilizadas para reestabelecer o fornecimento de energia.

O Procon de São Paulo chegou a multar a Enel em R$ 14,2 milhões "por falhas graves e estruturais na prestação do serviço, especialmente as ocorridas entre os dias 8 e 10 de dezembro".

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