Justiça de SP reclassifica como doloso caso de PM que matou marceneiro negro

A vítima foi morta a tiros após sair do trabalho

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Redação e Agência Brasil producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 15:52, em 14 de Julho de 2025)
Foto de um homem negro posando para foto. Guilherme usa terno creme e gravata rosaa
Legenda: Guilherme tinha 26 anos e saía do trabalho quando foi morto
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Polícia Civil havia classificado a morte do marceneiro Guilherme Dias Ferreira como homicídio culposo, sob alegação de legítima defesa. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) atendeu a um pedido do Ministério Público e reclassificou o caso como homicídio doloso, quando há intenção de matar.

O MP contestou a classificação inicial feita no inquérito da Polícia Civil. Agora, com a nova decisão, o inquérito foi remetido para uma das varas do júri da capital, conforme indicou o Tribunal de Justiça de São Paulo.

Guilherme, de 26 anos, foi morto com um tiro na cabeça dado pelo policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, na noite de 4 de julho, após sair do trabalho.

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A morte de Guilherme gerou uma série de manifestações. Além da família do marceneiro, para quem ele foi morto por ser negro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) também cobrou investigações rigorosas do caso.

O policial militar Fábio, que matou Guilherme, pertence ao mesmo batalhão dos dois PMs afastados pela morte do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, ocorrida em novembro do ano passado, em circunstâncias semelhantes.

Marceneiro estava saindo do trabalho quando foi morto

O marceneiro estava na Estrada Turística de Parelheiros, no estado de São Paulo, e, quando corria para pegar um ônibus, teria sido confundido pelo PM como um dos assaltantes que, momentos antes, tentaram roubar sua moto.

O jovem trabalhava em uma empresa de fabricação de móveis.

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