Esposa do MC Poze do Rodo, Vivi Noronha é alvo de operação contra lavagem de dinheiro do CV
Ação policial não tem relação com a prisão do artista, que teve a liberdade determinada pela Justiça, mas que, até o início desta manhã, continua encarcerado
Um dia após a Justiça decidir soltar o MC Poze do Rodo, a esposa dele, a influenciadora Viviane Noronha, é alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (3), contra a lavagem de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho (CV). Esquema teria movimentando mais de R$ 250 milhões, oriundos do tráfico de drogas e da compra de armas de uso restrito.
Segundo as investigações, a criadora de conteúdo seria beneficiária direta dos recursos da facção. O dinheiro da organização teria sido transferido para contas bancárias ligadas a Viviane e à empresa dela, que passaram a ser um dos focos centrais do inquérito. As informações são do portal CBN.
A posição de Viviane Noronha no CV seria simbólica e somente representaria "o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital".
A operação da Polícia desta terça não tem relação com a prisão do MC Poze do Rodo, que deve ser solto ao longo deste dia. Ele foi preso na última quinta-feira (29), suspeito pelos crimes de apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas.
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Professor do CV e membro da Al-Qaeda integrariam esquema
O traficante Philip Gregório da Silva, conhecido como "Professor", que morreu no domingo (1º), seria uma das figuras centrais da lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
Segundo os agentes de segurança, ele organizava eventos para arrecadar fundos para o tráfico de drogas e armas, entre eles o "Baile da Escolinha". Um restaurante localizado em frente à festa serviria, inclusive, para lavar dinheiro da organização, conforme a CBN.
Entre os remetentes identificados nas análises financeiras estão um homem procurado pelo FBI por suspeita de atuar como operador de valores para o grupo terrorista Al-Qaeda, responsável pelo ataque de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Também seria remetente um segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, chefe da facção nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio.
Outra empresa investigada na operação desta terça é uma produtora musical que lavaria dinheiro e organizaria bailes funk promovidos por integrantes do CV. O responsável pelo empreendimento aparecem como destinatários diretos de recursos da facção.