Adélia de Jesus Soares, advogada da influenciadora Deolane Bezerra, segue investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por suposto envolvimento com empresas de jogos ilegais. Na semana passada, ela foi indiciada pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.
A investigação apura uma denúncia que associa a advogada à criação de uma empresa de fachada. De acordo com a Polícia, Adélia se associou a chineses para explorar de forma ilegal jogos de azar no Brasil. As informações foram exibidas em reportagem do Fantástico desse domingo (15).
No inquérito policial, Deolane Bezerra, que segue presa em Pernambuco por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, não é citada.
A investigação da Polícia Civil iniciou quando um funcionário de limpeza de uma delegacia da corporação transferiu R$ 1.800 para a empresa Playflow e não teve o retorno prometido. Estranhando a situação, o homem fez a denúncia formal e afirmou ter sido vítima de golpe em um site de apostas.
Após este episódio, um integrante do grupo de chineses, que também estava sob investigação, afirmou que Adélia era a advogada e suposta dona da companhia. A Polícia afirma que a Payflow foi criada usando documentação falsa na junta comercial da cidade de Suzano (SP).
Segundo o Fantástico, mais de 546 CPFs falsos eram utilizados pela empresa para enviar o dinheiro das vítimas dos golpes para fora do País. A ação acontecia através da aposta em jogos de azar, como o “Jogo do Tigrinho”. Depois da investigação, o grupo de chineses envolvido no esquema foi intimado.
Defesa afirma que Adélia foi vítima de golpe
Por meio de nota enviada à TV Globo em Brasília, a defesa de Adélia afirma que as acusações são infundadas e que a advogada, que soma mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, foi vítima de um golpe de terceiros.
“A doutora Adélia informa que está colaborando ativamente com as autoridades para esclarecer os fatos e responsabilizar os verdadeiros culpados, uma vez que apenas prestou suporte administrativo para a empresa em questão", finaliza o comunicado.