Pré-candidatura a governador do Ceará em 2026 não é uma 'obsessão', diz Roberto Cláudio
Questionado se abriria mão do objetivo em prol de um projeto mais estratégico para seu arco de aliança, o ex-pedetista, contudo, não foi objetivo, mas apontou para unidade
Cotado para a disputa majoritária em 2026, Roberto Cláudio (sem partido) admite “sonho” de se eleger governador, mas cita “nomes fortes politicamente” na oposição e rejeita “obsessão” pelo cargo. Há pelo menos outras quatro pré-candidaturas em estudo no bloco para o Governo do Estado, que podem adiar os planos do ex-prefeito de Fortaleza.
“Eu sonho, eu desejo um dia ser governador do Ceará, com a mesma paixão, intensidade, entrega e tesão – desculpe a palavra –, que eu tive enquanto fui prefeito de Fortaleza. Mas isso não pode ser, no momento de uma união dessa, uma condição de saída, e muito menos uma obsessão”, disse nessa quinta-feira (5), em entrevista à Live PontoPoder.
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Segundo ele, a única convergência no momento entre a oposição é sobre a candidatura ao Senado, que deve ser encabeçada pelo deputado estadual Alcides Fernandes (PL). “Essa é a única definição tomada ou pré-tomada, compreendida, de forma unânime por todas as forças que fazem a oposição. As demais, a serem construídas”, pontuou.
Alcides é pai do presidente do PL Fortaleza, o deputado federal André Fernandes, que tem sido um dos principais defensores da aproximação do partido com Roberto, e até intermediou conversa entre ele e o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) na última semana.
O jovem parlamentar foi citado pelo ex-prefeito como uma das principais forças políticas da oposição, junto a figuras como o deputado estadual Carmelo Neto (PL); a vereadora de Fortaleza Priscila Costa (PL); o ex-deputado Capitão Wagner (União); o deputado federal Moses Rodrigues (União); o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos); e o senador Eduardo Girão (Novo).
Os quatro últimos, além de Roberto, já foram mencionados por lideranças do bloco como opções para o Palácio da Abolição. Questionado se abriria mão do objetivo em prol de um projeto mais estratégico para seu arco de aliança, o ex-pedetista, contudo, não foi objetivo, mas apontou para unidade.
“A coisa mais importante que a gente tá celebrando nesse momento é uma união e o entendimento de que, apesar de diferenças que se tenha, de posições passadas ou eventualmente ainda de compreensões presentes, há uma percepção de que essa união é necessária para apresentar um projeto alternativo ao que tá aí”, comentou, ainda, em referência ao governo de Elmano de Freitas (PT).
Roberto Cláudio deixou o PDT no último dia 29 e anunciou, nesta semana, que vai se filiar ao União Brasil. O convite foi feito e reiterado publicamente em várias oportunidades por Capitão Wagner, presidente estadual da legenda.