Manifestantes pedem anistia para investigados do 8 de janeiro e criticam STF, na Praça Portugal
Protesto também contou com pedidos pela liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro e críticas a Alexandre de Moraes e Lula
A Praça Portugal, em Fortaleza, recebeu, neste domingo (7), manifestantes em movimento a favor da anistia aos investigados no 8 de Janeiro e pela liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A mobilização, no 7 de Setembro, ocorreu simultaneamente em diversas capitais brasileiras.
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Convocada como "Marcha da Família", o evento foi realizado "em defesa da liberdade" e ocorre em meio ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, que tem Bolsonaro como um dos réus.
O ato teve a presença de pastores e padres, que discursaram no trio elétrico, antes da mobilização seguir até a Beira-Mar.
Os manifestantes vestiram blusas da seleção brasileira de futebol ou com a expressão "Anistia Já". Além da bandeira brasileira, era possível ver também a de Israel e dos Estados Unidos – inclusive, com imagens de Donald Trump, presidente estadunidense que impôs tarifaço ao Brasil.
Nas faixas, era possível ver ainda críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ao presidente Lula (PT), como "Fora Moraes" e "Fora Lula".
'Perseguição política'
Entre os políticos presentes no ato, está o deputado federal André Fernandes (PL). Ele reforçou que a principal pauta principal da manifestação é a "anistia, liberdade e democracia".
"Não existe independência sem liberdade. Hoje a gente percebe uma fração da política brasileira sendo perseguida por Alexandre Moraes", defendeu. "Então, a gente está lutando por um dia da independência com liberdade, pela democracia, sem perseguição política à direita e ao nosso líder Jair Bolsonaro".
O senador Eduardo Girão (Novo) também reforçou que a principal pauta é a anistia aos condenados pelos atos do 8 de janeiro, assim como aqueles que ainda devem ser julgados, a quem chamou de "presos políticos". O parlamentar também fez críticas ao Supremo e ao ministro Alexandre de Moraes.
"É o dia da independência, é a libertação de uma ditadura, que a gente vive, do judiciário, é o pedido de impeachment do Alexandre Moraes, que é o causador, no meu modo de entender, e dessas pessoas, de um caos", disse.
Presidente do União Brasil no Ceará, o ex-deputado federal Capitão Wagner também esteve presente na manifestação. Ele endossou as críticas feitas a Moraes e ao julgamento pelo atentado do dia 8 de janeiro.
"Alexandre de Moraes resolveu se exacerbar em uma série de atitudes, o julgamento que está sendo feito agora em relação ao dia 8 de janeiro, ele não só é o acusador, é o julgador, é a vítima, isso sem dúvida nenhuma está chamando a atenção de toda a população brasileira, então a principal reivindicação é por independência de verdade", disse.