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Alexandre de Moraes mantém prisão de 'kid preto' acusado de planejar assassinatos de Lula e Alckmin

Tenente-coronel foi detido no âmbito da operação Tempus Veritatis, que apura um suposto golpe no fim do governo Bolsonaro

Moraes mantém prisão de 'kid preto' acusado de planejar assassinato de Lula e Geraldo Alckmin
Legenda: Moraes recusou os argumentos do advogado Felipe de Moraes Pinheiro, que alega a inexistência de qualquer envolvimento de seu cliente no caso.
Foto: Reprodução / Agência Brasil / Bruno Peres

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nessa quinta-feira (6), pedido de liberdade apresentado pela defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. O oficial das forças especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, é suspeito de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin.

Moraes recusou os argumentos da defesa, que alega a inexistência de qualquer envolvimento de Rafael no caso. A defesa solicitou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, sustentando que não há “provas sólidas e robustas” que justifiquem uma futura condenação. O tenente-coronel está detido em uma unidade do Exército em Niterói (RJ).

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Operação Tempus Veritatis

Rafael Martins de Oliveira foi detido em 19 de novembro no âmbito da operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal para apurar suposta conspiração envolvendo militares e civis com o objetivo de promover um golpe de Estado no fim do governo de Jair Bolsonaro, em 2022.

Segundo as investigações, Oliveira teria providenciado uma linha telefônica para ser utilizada na execução do atentado contra Lula. Ele também teria fornecido orientações estratégicas sobre a viabilização do plano. O vice-presidente também estava na mira da conspiração.

Além de Oliveira, outros "kids pretos" também foram presos preventivamente, incluindo o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima. Na quarta-feira (5), Moraes manteve a prisão do militar, mas autorizou a transferência dele para Manaus.

Conforme relatório da Polícia Federal, o plano de assassinato de Lula, Alckmin e do próprio Moraes fazia parte de uma articulação maior, cujo objetivo seria manter Bolsonaro no poder após as eleições presidenciais.

Ainda em novembro do ano passado, Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pela PF por envolvimento no suposto plano golpista.

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