Advogado de Zambelli diz que o marido dela, coronel Aginaldo, retornará à Itália na segunda (18)
Segundo a defesa da parlamentar, ex-secretário de Caucaia deve visitá-la
O advogado da deputada federal Carla Zambelli (PL), presa na Itália desde o fim de julho após ficar foragida da Justiça brasileira, anunciou, nesta sexta-feira (15), que o marido dela, coronel Aginaldo (PL), viajará à Itália na segunda-feira (18) para visitá-la.
A declaração foi dada durante entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira (15).
“Ela recebeu o pai. Se não me engano, até hoje, foi só o pai. E o marido volta para a Itália na segunda-feira. Então, acho que o marido vai trazer um conforto maior para visitar a Carla”, disse Fábio Pagnozzi, responsável pela defesa da deputada.
A política foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir 10 anos em regime fechado, além de ter sido decretada a perda do mandato e sua inelegibilidade, em um caso envolvendo a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Atualmente, Zambelli está na prisão feminina de Rebibbia, em Roma. Ela aguarda o julgamento pelo seu processo de extradição, determinado pelo STF e solicitado pelo Itamaraty, cuja decisão final é da Justiça e do governo da Itália.
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Quem é o marido de Zambelli
Aginaldo era secretário da Segurança Pública de Caucaia, município da Região Metropolitana de Fortaleza, até 21 de maio, quando pediu uma licença do cargo alegando a necessidade de acompanhar um parente doente — sem indicar quem seria a pessoa.
A solicitação ocorreu após a esposa do gestor ter sido condenada no Supremo. Em 3 de junho, o então titular da pasta municipal pediu prorrogação do afastamento. No mesmo dia do pedido de dilatação da licença, Zambelli anunciou ter deixado o Brasil, inicialmente afirmando que buscaria tratamento médico no exterior.
No fim do mês, 30 de junho, Coronel Aginaldo solicitou sua exoneração do cargo de secretário municipal. O pleito foi anunciado pelo prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), por meio de uma publicação nas redes sociais. Conforme o gestor, a exoneração seria publicada posteriormente no Diário Oficial.
Na última terça-feira (12), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o ex-secretário teve as contas bloqueadas. Na ocasião, Pagnozzi, que também representa Aginaldo, disse que ele estaria em Israel e “sem previsão de retornar ao Brasil”.