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Carla Zambelli deve continuar presa, decide Justiça italiana

A deputada licenciada passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (1º)

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Redação producaodiario@svm.com.br
Carla Zambelli
Legenda: A deputada está detida no presídio feminino de Rebibbia
Foto: EVARISTO SA / AFP

Após passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (1º), a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) seguirá presa em Roma, conforme decidiu a Justiça italiana. As informações foram divulgadas pela CNN

Segundo o canal, a informação foi confirmada pelo embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, e por integrantes da Polícia Federal (PF). A sessão da deputada, que está detida no presídio feminino de Rebibbia, foi realizada na Corte de Apelação de Roma.

Conforme noticiado pelo Diário do Nordestea extradição da deputada pode durar até dois anos.

Zambelli foi presa na última terça-feira (29). Ela estava foragida e foi localizada na Itália, onde tem cidadania.

A defesa de Zambelli afirmou que ela não voltará ao Brasil por conta própria. "A Carla busca a não extradição e, obviamente, ser julgada com imparcialidade e justiça", disse o advogado Fábio Pagnozzi, em vídeo publicado no Instagram. No mesmo perfil, a defesa da deputada apresentou uma versão diferente sobre a prisão dela. Segundo Pagnozzi, Zambelli não foi presa pela polícia italiana, mas, sim, se entregou às autoridades locais em busca de um julgamento no País.

Conforme o Ministério da Justiça italiano, o deputado de esquerda Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, diz ter encontrado Zambelli em Roma e fornecido o endereço dela à polícia nacional.

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Condenação

Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram condenados pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para tentar inserir dados falsos, como um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na decisão, ambos também foram condenados a pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.

A deputada foi acusada, e posteriormente condenada, de integrar uma organização criminosa digital responsável por ataques aos sistemas do Poder Judiciário. Logo depois da condenação, deixou o Brasil, em direção à Itália, onde tem cidadania. Antes passou pelos Estados Unidos.

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