Legislativo Judiciário Executivo

A poucas horas de se aposentar, Barroso pede para votar descriminalização do aborto

A votação estava travada desde 2023, quando Barroso pediu destaque

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:09)
Foto do ministro Barroso.
Legenda: Barroso deve se manifestar pela descriminalização do aborto.
Foto: Carlos Moura/SCO/STF.

A poucas horas de se aposentar das atividades como magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luis Roberto Barroso decidiu manifestar seu voto em ação sobre legalização do aborto. A informação foi compartilhada pela CNN Brasil, nesta sexta-feira (17)

O magistrado teria pedido ao presidente da Corte, ministro Edson Fachin, que paute hoje uma sessão extraordinária, em plenário virtual, para que ele possa votar. A expectativa é que Barroso se manifeste pela descriminalização do aborto.

Essa sexta é o último dia do magistrado no Supremo. A aposentadoria antecipada do ministro Barroso foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na última terça-feira (14). Com a publicação do documento, Barroso deixará o cargo no próximo sábado (18).

O voto de Barroso deve seguir o da ex-ministra Rosa Weber que, em 2023, votou a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez. A época, a ministra era relatora do caso e também presidente da corte.

Naquele ano, após uma solicitação de destaque de Barroso, o julgamento, que começou no Plenário Virtual, foi levado para o ambiente físico da Corte, e desde então não foi mais analisado.

No formato virtual, os membros apresentam seus votos em um sistema eletrônico, sem necessidade de debate. A decisão pelo formato mais direto se deu devido à proximidade da aposentadoria da jurista — que deixou o órgão em outubro de 2023.

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SUBSTITUTO DE BARROSO

Cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o novo ministro para a Corte. Não há prazo para a indicação.

Na semana passada, Barroso anunciou a aposentadoria antecipada do Supremo. Ele tem 67 anos e poderia permanecer na Corte até 2033.

O anúncio ocorreu menos de um mês depois de Barroso deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos.

O ministro tomou posse na Corte em 2013, quando foi nomeado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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