Taxa de juros cai de 3% para 2,25%, menor patamar da história

Esse é o oitavo corte consecutivo da taxa no atual ciclo

Escrito por Com Estadão Conteúdo ,
Legenda: Campos Neto destacou que a política monetária está estimulativa e que o BC está mais otimista sobre a economia brasileira.
Foto: Foto: Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu reduzir, nesta quarta-feira (17), a taxa Selic (taxa básica da economia) em 0,75 ponto percentual para 2,25% ao ano. 

Este é o oitavo corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. 

"Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,25% a.a. O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021", divulgou o Banco Central em nota.

De acordo com o BC, a pandemia do novo coronavírus continua provocando desacelaração do crescimento global. "Nesse contexto, apesar da provisão significativa de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador".

O Copom avalia que é preciso manter o processo de reformas e ajustes para permitir a recuperação da economia. "O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia".

"O Comitê avalia que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano, assim como a percepção sobre sua sustentabilidade, são decisivas para determinar o prolongamento do estímulo", acrescenta a nota do BC.

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