Moraes investiga uso de informação privilegiada em operação com dólar antes de tarifaço de Trump

Há indícios de que transações suspeitas com dólares teriam acontecido horas antes do anúncio do tarifaço, no último dia 9 de julho

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
Foto de Alexandre de Moraes
Legenda: Moraes mandou investigar suspeitas após pedido da AGU
Foto: Ton Molina/STF

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou abrir uma investigação envolvendo o mercado de câmbio, sobre possíveis operações financeiras com uso de informação privilegiada. Ação foi determinada nesta segunda-feira (21), antes do tarifaço de Donald Trump. 

A medida vem ainda por uma petição da Advocacia-Geral da União (AGU) que apontou indícios de que transações com dólares teriam acontecido horas antes do anúncio do tarifaço, no último dia 9 de julho. As informações são do g1. 

Segundo a AGU, há vestígios de movimentações atípicas em volume significativo. É possível que investidores tenham conseguido acesso prévio e indevido a informações sensíveis.

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Operação suspeita 

No dia 9 de julho, uma pessoa comprou entre 3 e 4 bilhões de dólares a R$ 5,46, por volta das 13h30. Às 16h17 foi publicada a carta do tarifaço de 50% contra o Brasil, e três minutos depois os mesmos dólares foram vendidos, já com um valor maior, a R$ 5,60. 

O salto do dólar imediatamente já era esperado, por conta da instabilidade gerada pela determinação de Trump. 

“Não é o padrão normal das transações com o real naquele dia. Pode ter sido qualquer um que sabia desde o começo. E vamos ter que esperar para ver quem realmente foi”, informou o gestor Spencer Hakimian, da Tolou Capital Management, de Nova York, para o Jornal Nacional. 

O lucro pode ter chegado a 50% do valor investido em menos de três horas, fato considerado raro no mercado cambial.

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