Lista: Confira seis marcas famosas no ramo da moda em crise financeira no Brasil
A tendência de crise no varejo de vestuário deve continuar nos próximos meses em virtude da falta de perspectiva em torno da vacinação no país
Pelo menos seis marcas renomadas do varejo feminino e masculino no Brasil enfrentam crise financeira na pandemia e precisaram entrar com pedido de recuperação judicial para negociar dívidas milionárias.
Escritórios de advocacia e empresas de reestruturação relatam aumentos de 25% a 50% nas consultas de redes varejistas preocupadas com o aumento do endividamento.
Um dos principais problemas que acarretaram o forte impacto no caixa foi a falta de investimento nas lojas online. Inclusive, no período marcado por medidas de isolamento para combater a pandemia, quem tinha presença mais forte no digital conseguiu se adaptar mais rapidamente.
A tendência de crise deve continuar nos próximos meses, segundo especialistas, em virtude da falta de perspectiva em torno da vacinação no país.
Além disso, as empresas começam a sofrer com o aumento das commodities, elementos necessários para compor peças, por causa da recuperação dos Estados Unidos e da China.
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Confira a lista
Le Postiche
Fundada em 1978, a marca Le Postiche é especializada em artigos para viagem, bolsas e acessórios, além de ser a maior rede de lojas da América Latina.
No entanto, com a crise financeira de 2020, a rede teve que fechar cerca de 40 lojas e começou a investir no comércio eletrônico. Mesmo assim, a marca tem dívidas de quase R$ 65 milhões e entrou com pedido de recuperação judicial.
TNG
A grife TNG, dedicada a roupas casuais femininas e masculinas, entrou com pedido de recuperação judicial, após acumular dívidas de cerca de R$ 250 milhões desde o início da pandemia.
Com 600 funcionários, cerca de 90% da receita da empresa vêm das lojas físicas, apesar do investimento em e-commerce. Em 2020, teve de encerrar 70 lojas e ficou fechada por 200 dias.
Fundada em 1984, a grife ficou conhecida por sua participação em grandes eventos de moda e beleza, como o São Paulo Fashion Week (SPFW) e o Fashion Rio.
Dudalina, Le Lis Blanc e Rosa Chá
A Restoque, rede que comanda Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá, por sua vez, entrou em recuperação extrajudicial no ano passado. Neste ano, negociou com os credores a emissão de debêntures no valor de R$ 1,4 bilhão.
Dudalina, fundada em 1957, é uma empresa especializada em confecção e distribuição de roupas de alto padrão e moda do Brasil, mais conhecida por suas camisas sociais femininas.
A Le Lis Blanc trabalha com as principais tendências da moda internacional feminina.
Já a marca Rosa Chá é especializada em moda feminina.
Cavalera
Ainda em maio deste ano, a grife Cavalera, especializada em roupas e acessórios com a temática do rock, entrou com pedido de recuperação judicial em São Paulo com dívidas com credores e tributárias que somam R$ 60 milhões.