IPM consegue recuperar mais R$ 800 mil

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Foto: Tuno Vieira
O Instituto de Previdência do Município (IPM) conseguiu rever mais cerca de R$ 800 mil dos recursos aplicados no falido Banco Santos. Até agora, foram recuperados somente 16,3% do valor investido na instituição, que supera os R$ 30 milhões. O saldo é das recentes negociações do órgão com o Banco Espírito Santo e a Mellon Serviços Financeiros, que atualmente administram os fundos.

No último dia 22, o chefe de gabinete do IPM, Bernardo Lucas, e o tesoureiro, Daniel Lopes, participaram de uma reunião com representantes da administradora, quando foi liberada o montante de R$ 800.125,96. A quantia foi depositada no dia seguinte na Caixa Econômica Federal, onde já existem outros investimentos do IPM e serão corrigidos pela taxa Selic.

Apesar de comemorar o resultado da negociação, o superintendente do IPM, Vicente Pinto, reconhece que a dificuldade de recuperar todo o dinheiro aplicado no Banco Santos. “Temos R$ 25,7 milhões parados e não vai ser fácil recuperar”, admite. Durante esse período, os recursos não foram corrigidos.

Além dos valores negociados na semana passada, apenas R$ 4,157 milhões aplicados em Notas do Tesouro Nacional (NTN) foram recuperados. O dinheiro, que havia sido transferido para o Deutsch Bank — instituição financeira alemã — voltou ao País, sendo também aplicado na Caixa. No total, o Instituto conseguiu reaver R$ 4.933.382,43. Segundo Vicente Pinto, a liberação de mais alguma parte do dinheiro depende de uma assembléia dos acionistas a fim de chegar a um acordo.

Hoje, o IPM/Prevfor tem um saldo disponível no valor de R$ 94.019.096,30 — fora o montante aplicado no Banco Santos — aplicado em sua maioria (65%) no Banco do Brasil. O restante está dividido entre a Caixa e o Banco do Estado do Ceará (BEC). “Temos essa preocupação de só aplicar em bancos públicos”, pontua o tesoureiro do IPM, Daniel Lopes.

A preocupação é justificada. O Banco Santos, privado, teve sua liquidação extra-judicial decretada pelo Banco Central, em 4 de maio, após a identificação de um rombo de R$ 2,236 bilhões. Desde então, o IPM tenta reaver na Justiça o dinheiro aplicado na instituição financeira falida, durante a gestão do ex-prefeito Juraci Magalhães. À época, a titular do IPM era Rosemary Maciel.

O IPM tem cerca de 35 mil beneficiários, dos quais aproximadamente 8 mil são aposentados e pensionistas de Fortaleza.

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