Por que 2025 deve ser o ano decisivo para o hidrogênio verde no Ceará

Empresas com previsão de investimentos bilionários devem informar decisões finais neste ano

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Legenda: Complexo do Pecém receberá plantas de hidrogênio e amônia verde
Foto: Fabiane de Paula SVM

Após longos períodos de discussões, articulações, regulamentação e negociações para tirar do papel os projetos de hidrogênio verde, este ano novo deverá ser decisivo para o futuro dessa indústria que surge na economia cearense.

O principal motivo: é para 2025 que está marcada a chamada "decisão final de investimento" de empresas que projetam aportar muitos bilhões de dólares no Ceará para produzir essa energia limpa.

Como o nome indica, o termo é usado no mundo dos negócios para definir se determinada companhia fará ou não os investimentos previstos. É a partir de tal decisão que saberemos se os megaprojetos de hidrogênio, em torno dos quais paira grande expectativa, sairão ou não do papel.

R$ 20 bilhões previstos

Os olhares mais atentos miram a Fortescue, cujo projeto, até o momento, é o mais avançado e robusto, com previsão de R$ 20 bilhões e 5 mil empregos. 

Com pré-contrato assinado, a australiana se prepara para realizar a terraplanagem da área que ocupa no Complexo do Pecém. Ao longo do ano, deve informar ao mercado sobre sua decisão final de investimento.

O mesmo movimento é aguardado pela Casa dos Ventos, cujo projeto industrial prevê produção de 900 mil toneladas/ano de amônia verde e R$ 12 bilhões em investimentos.

Projetos com decisão final de investimento prevista para 2025

  • Fortescue - Complexo do Pecém, Ceará: produção de 175 toneladas/ano de hidrogênio verde, R$ 20 bilhões de investimento e geração de 5 mil empregos na construção.
  • Casa dos Ventos - Complexo do Pecém, Ceará: produção de 900 mil toneladas/ano de amônia verde, com investimento de R$12 bilhões e geração de 4 mil empregos durante a construção.
  • European Energy - Suape, Pernambuco: produção de 100 mil toneladas/ano de metanol, com R$2 bilhões investidos e 250 empregos diretos na construção.
  • Atlas Agro - Uberaba, Minas Gerais: produção por ano de 530 mil toneladas, 5 bilhões em investimento e 2 mil empregos na construção. 
  • Voltalia - Complexo do Pecém, Ceará: produção de 900 mil toneladas/ano de hidrogênio e amônia verde, com investimento de R$ 9 bilhões e 5 mil empregos diretos da construção.
  • Solatio - Parnaíba, Piauí: produção de 2,2 milhões de toneladas/ano de amônia verde, um aporte de R$ 29,3 bilhões e 2,3 mil empregos diretos previstos.
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