IPCA 2022: veja quais produtos puxaram inflação de Fortaleza no 1º semestre
Em seis meses, índice acumula elevação de 6,34%. Alimentos se destacam entre as principais altas
A disparada dos preços dos alimentos contribuiu para que a inflação de Fortaleza chegasse a 6,34% no acumulado do primeiro semestre. É o que revela o levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Dos dez itens que apresentaram os maiores índices de inflação no semestre, oito estão no grupo alimentos e bebidas. Em primeiro está a manga, com alta de 59,8% e em segundo está a cebola, com 36,6%. A terceira maior inflação foi observada no óleo diesel, com 32%.
Veja a lista com a inflação do semestre:
- Manga: 59,8%
- Cebola: 36,6%
- Óleo diesel: 32%
- Seguro voluntário de veículo: 29,9%
- Cenoura: 29,9%
- Óleo de soja: 26,6%
- Pão francês: 23,8%
- Tubérculos, raízes e legumes: 23,5%
- Maionese: 23,1%
- Óleos e gorduras: 21,2%
A inflação de Fortaleza acumulada no semestre é a terceira maior entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, atrás apenas dos resultados registrados em Salvador (6,6%) e Aracaju (6,5%).
Resultado mensal
No mês de junho, a inflação de Fortaleza marcou 0,61% - uma desaceleração na comparação com a alta de 1,41% observada em maio deste ano. Entre os destaques estão as frutas e o leite longa vida, que no País já beira os R$ 10. Em Fortaleza, o produto é visto em torno de R$ 7.
O maracujá foi o item com a maior alta (16,1%). Em seguida, aparecem a manga, com 15,2%, e a goiaba, com elevação de 12,1%.
Veja a lista com a inflação de junho:
- Maracujá: 16,1%
- Manga: 15,2%
- Goiaba: 12,1%
- Seguro voluntário de veículo: 11,8%
- Passagem aérea: 9,4%
- Leite longa vida: 6,7%
- Bolo: 6,2%
- Tomate: 6,1%
- Milho-verde em conserva: 4,1%
- Leites e derivados: 4%
Apesar dos alimentos contribuírem fortemente para a inflação de Fortaleza no mês e no semestre, o grupo não foi o que apresentou o maior índice nos períodos.
Isso porque, no semestre, é o transporte quem lidera. A inflação do grupo chegou a 9,2%, impulsionado pela escalada dos preços dos combustíveis e consequentemente reajustes nas tarifas dos transportes. O preço dos bilhetes aéreos também é um dos fatores que influencia esse resultado.
No mês, o grupo com maior inflação é vestuário (1,96%), seguido de saúde e cuidados pessoais (1,27%).
Com a inflação de 0,61% apurada em Fortaleza no mês de junho, o acumulado de 12 meses é de 11,9%.
No Brasil, a inflação de junho marcou 0,67%, sendo 5,49% o acumulado do ano e 11,89% nos últimos 12 meses.