Economista Ilan Goldfanj é o primeiro brasileiro eleito para presidir o BID
O banco multilateral é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe
Pela primeira vez um brasileiro irá presidir o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), fundado há 63 anos. O economista Ilan Goldfanj foi escolhido neste domingo (20) pela assembleia de governadores da instituição. Ele recebeu 80,1% dos votos e derrotou outros quatro candidatos. As informações são do G1.
O banco multilateral é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe.
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O brasileiro foi indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Em outubro, Guedes aproveitou as reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), nos Estados Unidos, para buscar apoio à candidatura brasileira.
Goldfajn exerceu o cargo de presidente do Banco Central entre junho de 2016 e fevereiro de 2019, tendo sido indicado pelo ex-presidente da República Michel Temer. Atualmente, é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.
O ex-ministro Guido Mantega, enquanto fazia parte do governo de transição para o mandato de Lula (PT), contestou a indicação de Goldfajn e entrou em contato com autoridades econômicas de países das Américas para pedir o adiamento da eleição, o que não conseguiu.
Goldfajn foi eleito para ser presidente do BID por um período de cinco anos, podendo ser reeleito apenas uma vez.
Composição do BID
O presidente do BID é escolhido pela assembleia de governadores, na qual cada um dos 48 países membros é representado por seu governador, normalmente são ministros da Fazenda ou outras altas autoridades econômicas.
Perfil do novo presidente
Nascido em março de 1966, Ilan Goldfajn é diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional. Possui doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), mestrado pela PUC-RJ e graduação pela UFRJ.
Foi presidente do Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019 e diretor de Política Econômica da autoridade monetária entre 2000 e 2003. Teve, ainda, uma longa trajetória na iniciativa privada, passando pelo Credit Suisse Brasil, Itaú Unibanco, Ciano Investimentos e Gávea Investimentos.
Foi professor de universidades no Brasil e nos Estados Unidos, sendo também editor e autor de inúmeros livros e artigos.
Quem eram os concorrentes
- Nicolás Eyzaguirre Guzmán, ex-ministro da Economia do Chile;
- Gerardo Esquivel Hernández, um dos diretores do Banco Central do México;
- Gerard Johnson, ex-funcionário do BID e natural de Trindade e Tobago;
- Cecilia Todesca Bocco, secretária de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina (desistiu e não recebeu votos);