Dona do Outback avalia deixar o Brasil; entenda o que pode acontecer com os restaurantes no País

Conforme balanço, a Bloomin' Brands registrou um prejuízo de US$ 83,9 milhões (R$ 432 milhões) no primeiro trimestre

Escrito por Redação ,
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Legenda: Apesar do registro de queda na receita, a operação da rede no Brasil é a segunda mais importante do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos
Foto: Shutterstock

A empresa proprietária da rede Outback no Brasil, a Bloomin' Brands, avalia a possibilidade de vender o comando dos restaurantes no País. O motivo de desistência do negócio seria a queda nas vendas e prejuízo da matriz no primeiro trimestre de 2024. No entanto, a companhia esclarece que a decisão não resultaria no fechamento das lojas do Outback no Brasil. As informações são do portal g1.

"A Companhia anunciou que está explorando e avaliando alternativas estratégicas para as operações no Brasil que tenham o potencial de maximizar valor para nossos acionistas, incluindo, mas não se limitando a, uma possível venda das operações", informou a empresa em balanço corporativo.

"O compromisso de manter os restaurantes em pleno funcionamento para continuar proporcionando de forma consistente uma experiência excepcional aos clientes", reiterou a companhia.

Queda de receita

Conforme o balanço, a receita global da empresa teve uma queda de 4%, e foi de pouco menos de US$ 1,2 bilhão (ou R$ 6 bilhões) entre janeiro e março deste ano. Foram registradas vendas mais baixas mundialmente, além do fechamento de restaurantes. Nas lojas brasileiras, o recuo foi de 0,7% nas vendas do Outback.

De acordo com a publicação, a Bloomin' Brands registrou um prejuízo de US$ 83,9 milhões (R$ 432 milhões) no primeiro trimestre, contra um lucro de US$ 91,3 milhões no mesmo período do ano passado (R$ 470 milhões). A companhia destaca que "o impacto da anulação da isenção do imposto sobre valor agregado no Brasil" foi um fator relevante sobre o número.

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Apesar do registro de queda na receita, a operação da rede no Brasil é a segunda mais importante do mundo para a Bloomin' Brands, atrás apenas dos Estados Unidos, sede da empresa. Segundo a publicação, as lojas brasileiras do Outback correspondem a 87% do faturamento internacional.

Embora a empresa avalie que a venda do comando do Outback no Brasil possa trazer um fôlego financeiro, a decisão ainda foi definida. A companhia descarta a hipótese de retirar a marca do país enquanto estuda outras possibilidades de negócio.

Caso a Bloomin' Brands decida sair do controle, outras empresas ou fundos devem mostrar interesse em adquirir o negócio para começar o processo de diligência de mudança na operação da rede, a exemplo do que aconteceu com a Starbucks recentemente.

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