'Dinheiro esquecido': Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões em valores a receber

Nova rodada de saques ainda será publicada em edital

Escrito por
Diário do Nordeste/Agência Brasil producaodiario@svm.com.br
Imagem foca em mão contando cédulas de dinheiro. Sistema de valores a receber tem mais de R$ 7,59 bilhões para saque; saiba se você tem direito
Legenda: A maioria dos beneficiários que não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias
Foto: Agência Brasil

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,53 bilhões em dinheiro esquecido no sistema financeiro, segundo atualização do Banco Central (BC) nessa quinta-feira (7). Em 16 de outubro, os recursos esquecidos no Sistema Valores a Receber (SVR) foram transferidos para o Tesouro Nacional, e aguardam a publicação de um edital com as novas regras para nova retirada. 

Os dados dizem respeito ao fim de setembro, e estão defasados em dois meses. O relativo a outubro só será divulgado no dia 6 de dezembro. 

O prazo para o saque acabaria em outubro, mas foi prorrogado por mais seis meses. Caso o dinheiro não seja requerido nos próximos 25 anos, será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.

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Pequenas quantias 

A maioria das pessoas e empresas que não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,52% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,67% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,98% dos clientes. Só 1,83% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em setembro, foram retirados R$ 395 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 255 milhões.

O aumento ocorreu após a aprovação da lei que estabeleceu a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os cerca de R$ 8,5 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício.

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